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OUTRO LADO
Advogado de Chong diz que PF não tem provas
DA REPORTAGEM LOCAL
O advogado do comerciante
Law Kin Chong, Luiz Fernando
Pacheco, disse ontem que a Polícia Federal investiga "há meses" seu cliente, mas não conseguiu apontar a suposta participação dele em esquemas de
contrabando.
Segundo o advogado, a
maior parte das empresas que
foram alvo de buscas e apreensões não pertence a Chong nem
está ligada a ele. "Recebemos
essa operação com bastante
tranqüilidade. Várias buscas
são em empresas que não se referem a ele [Chong] e não levam a nenhuma prova contra
ele", disse Pacheco.
O advogado definiu a ação de
ontem como "mais uma dessas
operações da PF estrepitosas,
midiáticas, mas que não têm levado a provas".
Segundo Pacheco, Chong é
"um empresário, que emprega
200 pessoas e aluga 600 salas".
"É primário, nunca respondeu
a processo por crime de contrabando", afirmou o advogado.
A respeito das esmeraldas
apreendidas, o advogado afirmou que a PF "sonegou" informações à imprensa. Segundo
ele, foi apresentado à PF documento que explicaria que as
jóias estão declaradas no Imposto de Renda e que um dos
advogados das empresas da família de Chong é fiel depositário das esmeraldas. A decisão
judicial teria sido dada no decorrer de um processo em que
o INSS (Instituto Nacional do
Seguro Social) cobra dívida da
empresa Calinda, dos Chong.
Assim, segundo o advogado, a
existência das jóias era de conhecimento da Justiça Federal.
A PF não comentou as alegações do advogado.
A advogada da empresa BDN
Importação e Comércio Ltda.,
Renata Dota, que presenciou as
prisões das três pessoas da empresa, não quis comentar as informações da Receita e da PF
de que mercadorias em poder
da empresa estavam irregulares no Brasil.
Segundo a advogada, "não há
acusação formalizada" e, por
isso, ela não teria como apresentar uma defesa dos clientes.
O administrador e sócio-proprietário da Companhia de
Participações Santa Luzia, um
dos principais alvos da Operação Capela, Jorge Tumadjian,
47, disse que a empresa não
tem responsabilidade sobre o
que os locatários das salas possam armazenar. Segundo ele,
os aluguéis oscilam de R$ 500 a
R$ 1.000 mensais. De acordo
com o empresário, Chong foi
sócio do outro proprietário da
Santa Luzia, Aziz Haral Neto,
em um shopping na 25 de Março, mas hoje os dois não teriam
mais negócios em comum.
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