São Paulo, sábado, 06 de novembro de 2010

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Prisão de brasileira é prorrogada em Israel

Estudante é suspeita de traficar drogas no país

DE SÃO PAULO

A Justiça de Israel decidiu ontem manter presa a estudante Lilian Lichewitz, 27, ao menos até amanhã, quando haverá uma nova audiência.
Ela havia sido detida na terça sob suspeita de tráfico de drogas. Um funcionário de um hotel onde Lilian estava, em Tel Aviv, declarou à polícia ter recebido dela uma mala com 1,2 kg de haxixe.
A prisão foi estendida porque a polícia pediu à Justiça mais tempo para apresentar provas contra a estudante.
Segundo o advogado Marcos Wasserman, que a representa, até o apelo da polícia, a juíza estava inclinada a aceitar o pedido da defesa de colocá-la sob custódia em prisão domiciliar.
Ao saber que não seria liberada, Lilian chorou.
A pena por tráfico de drogas em Israel pode chegar a 20 anos de prisão.

INÍCIO
A estudante e os pais foram detidos no aeroporto de Tel Aviv dentro do avião, quando se preparavam para voltar ao Brasil. Os pais, Victor, 74, e Elza, 61, estão em prisão domiciliar.
A Folha não conseguiu contato com ambos.
Wasserman sustenta que a estudante caiu em uma cilada por ingenuidade. Shmuel Shoel, um rapaz que Lilian só conhecia pelo Facebook, lhe pediu para trazer para o Brasil uma mala, que seria entregue a ela por uma terceira pessoa. O emissário não apareceu, mas a mala "surgiu" no quarto onde a estudante estava com os pais, diz o advogado.
Lilian só descobriu a droga na mala ao abri-la, conforme o defensor. Antes de voltar ao Brasil, ela deixou a mala com um segurança do hotel, que avisou a polícia. Wasserman diz que o funcionário havia se comprometido com Lilian a "cuidar de tudo".
Como argumento pela inocência de Lilian, Wasserman levou ao tribunal mensagens trocadas no Facebook em que ela se mostra indignada com Shmuel Shoel após a descoberta da droga na mala.

INVESTIGADO
Como consequência da investigação, a Polícia Civil de São Paulo deteve Shmuel Shoel. Com ele, encontrou um cigarro de maconha. O rapaz foi liberado, mas está sob investigação.
Segundo o advogado da família Lichewitz, ele assumiu que havia pedido para Lilian trazer uma mala de Israel, onde havia estado há poucos dias, para o Brasil. A Folha não conseguiu contato com Shoel.


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