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Prisão de brasileira é prorrogada em Israel
Estudante é suspeita de traficar drogas no país
DE SÃO PAULO
A Justiça de Israel decidiu
ontem manter presa a estudante Lilian Lichewitz, 27, ao
menos até amanhã, quando
haverá uma nova audiência.
Ela havia sido detida na
terça sob suspeita de tráfico
de drogas. Um funcionário
de um hotel onde Lilian estava, em Tel Aviv, declarou à
polícia ter recebido dela uma
mala com 1,2 kg de haxixe.
A prisão foi estendida porque a polícia pediu à Justiça
mais tempo para apresentar
provas contra a estudante.
Segundo o advogado Marcos Wasserman, que a representa, até o apelo da polícia,
a juíza estava inclinada a
aceitar o pedido da defesa de
colocá-la sob custódia em
prisão domiciliar.
Ao saber que não seria liberada, Lilian chorou.
A pena por tráfico de drogas em Israel pode chegar a
20 anos de prisão.
INÍCIO
A estudante e os pais foram detidos no aeroporto de
Tel Aviv dentro do avião,
quando se preparavam para
voltar ao Brasil. Os pais, Victor, 74, e Elza, 61, estão em
prisão domiciliar.
A Folha não conseguiu
contato com ambos.
Wasserman sustenta que a
estudante caiu em uma cilada por ingenuidade. Shmuel
Shoel, um rapaz que Lilian só
conhecia pelo Facebook, lhe
pediu para trazer para o Brasil uma mala, que seria entregue a ela por uma terceira
pessoa. O emissário não apareceu, mas a mala "surgiu"
no quarto onde a estudante
estava com os pais, diz o advogado.
Lilian só descobriu a droga
na mala ao abri-la, conforme
o defensor. Antes de voltar ao
Brasil, ela deixou a mala com
um segurança do hotel, que
avisou a polícia. Wasserman
diz que o funcionário havia
se comprometido com Lilian
a "cuidar de tudo".
Como argumento pela inocência de Lilian, Wasserman
levou ao tribunal mensagens
trocadas no Facebook em
que ela se mostra indignada
com Shmuel Shoel após a
descoberta da droga na mala.
INVESTIGADO
Como consequência da investigação, a Polícia Civil de
São Paulo deteve Shmuel
Shoel. Com ele, encontrou
um cigarro de maconha. O
rapaz foi liberado, mas está
sob investigação.
Segundo o advogado da
família Lichewitz, ele assumiu que havia pedido para
Lilian trazer uma mala de Israel, onde havia estado há
poucos dias, para o Brasil. A
Folha não conseguiu contato
com Shoel.
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