São Paulo, sexta, 6 de novembro de 1998

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Em SP, resistências crescem 20%

CRISPIM ALVES
da Reportagem Local

Apesar de, oficialmente, matar menos que a polícia do Rio, os casos de resistência seguida de morte envolvendo policiais militares em serviço em São Paulo aumentaram 20% de janeiro a outubro deste ano em relação a igual período do ano passado.
Desde o início do ano, de acordo com dados da Corregedoria da Polícia Militar, 252 pessoas foram mortas em confrontos com policiais fardados no Estado de São Paulo. Segundo balanço divulgado em 30 de junho no "Diário Oficial do Estado", no mesmo período do ano passado houve 210 mortes.
Para o comando da PM, o crescimento se deve ao aumento do efetivo de policiais nas ruas e ao número de operações especiais, o que, consequentemente, contribuiria para uma maior quantidade de confrontos.
Para tentar conter o avanço da violência policial, o coronel Carlos Alberto de Camargo, comandante-geral da PM paulista, determinou a criação de regras mais rigorosas para o Proar (Programa de Acompanhamento de Policiais Envolvidos em Ocorrências de Alto Risco). Pelo programa, todo policial militar que se envolver em uma ocorrência com morte será afastado de sua unidade por um período de seis meses e meio para uma reciclagem profissional.
Os primeiros 45 dias serão destinados ao acompanhamento psicológico. Nos outros cinco meses, o PM fará policiamento a pé. As regras valem para todo o Estado.



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