São Paulo, sexta, 6 de novembro de 1998

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Sindicato quer multa de R$ 1.000

da Reportagem Local

Para o vereador Natalício Bezerra, presidente do Sindicato dos Taxistas Autônomos de São Paulo, uma multa de R$ 1.000 e o aumento da fiscalização são as duas únicas formas de combater a migração dos "forasteiros" para a capital. Hoje, as duas multas aplicadas ao infrator somam R$ 184.
"O problema é sério. Já tivemos muitos casos de carros amassados e gente dando tiro", declara Bezerra. "Já fiz vários pedidos para que a prefeitura preste atenção a esse problema, mas não adianta. Só vão resolver quando morrer taxista."
O vereador diz que vai encaminhar ainda neste ano uma representação ao prefeito relatando a situação e pedindo providências.
O presidente do Sindicato dos Taxistas Autônomos de Guarulhos, Marcos César Mendes da Silva, discorda de Bezerra.
"As cooperativas têm convênios com empresas e ninguém pode escolher onde está o passageiro. Queremos ser respeitados em São Paulo como respeitamos os taxistas da capital chamados aqui."
Ambos admitem, no entanto, que "nem só de santos é feita a categoria" e que existem motoristas que seguem para a cidade vizinha mesmo sem chamada.

Legislação
As legislações das duas cidades proíbem que veículos de outros municípios peguem passageiros fora de seus respectivos limites e prevêem sanções aos "forasteiros". A diferença está no valor do desembolso mínimo que o infrator está sujeito em cada um dos municípios.
Em Guarulhos, na primeira vez em que for flagrado, o motorista de fora terá que pagar uma multa de R$ 684,75, que dobra na reincidência.
Em São Paulo, a legislação fixa a autuação em R$ 184. O valor, padrão para primários e reincidentes, é baixo, segundo os taxistas da capital, e não chega a assustar os "forasteiros", que estariam aumentando mais as ofertas.



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