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TRANSPORTE
Operação não encontra armas no sindicato
Blitze da PF apreendem documentos em sete garagens de ônibus de SP
ALENCAR IZIDORO
DA REPORTAGEM LOCAL
A Polícia Federal apreendeu ontem documentos e computadores
de quatro empresas de ônibus de
São Paulo e fez uma tentativa fracassada de encontrar armas no
sindicato dos condutores.
A operação começou de madrugada, quando sete garagens, ligadas a quatro viações (Penha São
Miguel, Campo Belo, Pacto e
Transkuba), foram vistoriadas.
As três primeiras pertencem ao
grupo Ruas, dono de mais de um
terço da frota paulistana. A ação
faz parte das investigações de empresas e sindicalistas do setor.
O delegado da PF Wagner Castilho diz que essas empresas foram escolhidas por haver indícios
de irregularidades na transferência delas a uma "offshore" do
Uruguai, conhecido paraíso fiscal.
Em abril, a Folha revelou esse esquema, que pode proteger os donos de um arresto de bens por
conta de ações judiciais no Brasil.
As "offshores" são empresas
que permitem, por meio de ao
menos um diretor, manter os verdadeiros donos anônimos.
A PF diz ter apreendido a arma
de um PM que fazia bico (prática
ilegal) em uma das garagens. Afirma que há indícios de irregularidades no pagamento das horas
extras -situação denunciada por
sindicalistas há vários anos.
Às 15h30, a PF reuniu 70 agentes
e invadiu a sede do sindicato dos
condutores, na Liberdade (centro), sob a alegação de que poderia haver armas. Após uma hora,
nada foi encontrado. A ação provocou a revolta de condutores,
que diziam ter sido intimidados.
O SP Urbanuss (sindicato que
representa as viações) não comentou as ações de ontem.
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