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São Paulo, sábado, 06 de dezembro de 2003

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TRANSPORTE

Operação não encontra armas no sindicato

Blitze da PF apreendem documentos em sete garagens de ônibus de SP

ALENCAR IZIDORO
DA REPORTAGEM LOCAL

A Polícia Federal apreendeu ontem documentos e computadores de quatro empresas de ônibus de São Paulo e fez uma tentativa fracassada de encontrar armas no sindicato dos condutores.
A operação começou de madrugada, quando sete garagens, ligadas a quatro viações (Penha São Miguel, Campo Belo, Pacto e Transkuba), foram vistoriadas. As três primeiras pertencem ao grupo Ruas, dono de mais de um terço da frota paulistana. A ação faz parte das investigações de empresas e sindicalistas do setor.
O delegado da PF Wagner Castilho diz que essas empresas foram escolhidas por haver indícios de irregularidades na transferência delas a uma "offshore" do Uruguai, conhecido paraíso fiscal. Em abril, a Folha revelou esse esquema, que pode proteger os donos de um arresto de bens por conta de ações judiciais no Brasil.
As "offshores" são empresas que permitem, por meio de ao menos um diretor, manter os verdadeiros donos anônimos.
A PF diz ter apreendido a arma de um PM que fazia bico (prática ilegal) em uma das garagens. Afirma que há indícios de irregularidades no pagamento das horas extras -situação denunciada por sindicalistas há vários anos.
Às 15h30, a PF reuniu 70 agentes e invadiu a sede do sindicato dos condutores, na Liberdade (centro), sob a alegação de que poderia haver armas. Após uma hora, nada foi encontrado. A ação provocou a revolta de condutores, que diziam ter sido intimidados.
O SP Urbanuss (sindicato que representa as viações) não comentou as ações de ontem.


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