São Paulo, terça-feira, 06 de dezembro de 2005

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RONDÔNIA

Acidente aconteceu depois de explosão durante show pirotécnico para inaugurar sistema de decoração natalina

Rojão em festa de igreja deixa 37 feridos

JOSÉ EDUARDO RONDON
DA AGÊNCIA FOLHA

Trinta e sete pessoas ficaram feridas após a explosão de um rojão em uma festa em frente à catedral do Sagrado Coração de Jesus, em Porto Velho (RO). No local ocorria a inauguração do sistema de iluminação natalina da igreja.
O acidente aconteceu anteontem durante um show pirotécnico. As baterias de fogos de artifício foram colocadas em uma área do Exército, atrás da catedral.
Por volta das 21h30 (horário de Brasília), parte de um rojão caiu no meio do público, estimado pelos bombeiros em 5.000 pessoas.
"Foram momentos de pânico. Muita gente correndo, várias pessoas pisoteadas. Tive queimaduras nos seios e nos braços, e minha neta está internada com queimaduras de terceiro grau", disse a comerciante Maria Nazaré de Souza, 59. Segundo ela, um dos foguetes que iria lançar fogos no céu caiu no solo e explodiu no meio da multidão. "Era muita gente precisando ser socorrida e só havia um carro de bombeiros."
Segundo relato do major Silvio Luiz Rodrigues da Silva, do Corpo de Bombeiros, entre os 37 feridos, havia ao menos três crianças.
O diretor-geral do Hospital de Base de Porto Velho, Amado Rahhal, para onde foi levada parte dos feridos, informou que 16 pessoas deram entrada no hospital com queimaduras de primeiro, segundo e terceiro graus, mas não corriam risco de morte.
O evento de inauguração da iluminação da fachada da catedral de Porto Velho foi uma parceria entre a Ceron (Centrais Elétricas de Rondônia), Eletrobrás e Prefeitura de Porto Velho.
O contrato para o show pirotécnico foi feito entre a Minhagência Propaganda, que presta serviços de publicidade e assessoria para a Ceron, e a empresa G. Miranda da Silva ME, que faz eventos com fogos. Segundo o diretor de mídia da agência, Francisco Melgarero Júnior, os quesitos de segurança foram cumpridos. O Corpo de Bombeiros informou que a empresa tinha autorização.
O advogado da G. Miranda da Silva ME, Paulo Rodrigues da Silva, disse que a empresa não cometeu nenhuma irregularidade. "Os fogos foram colocados a 200 metros de distância do público."
Segundo os bombeiros, a distância segura é entre 70 metros e cem metros. Até ontem, não havia uma confirmação oficial da distância entre o público e os fogos.
Um laudo deve ser emitido nos próximos dias para apontar a causa do acidente, segundo o delegado Julio Ugalde. A reportagem não conseguiu contato com a catedral de Porto Velho.
Por meio de uma nota, o presidente da Ceron, Eurípedes Miranda, disse que "todas as pessoas estão recebendo os cuidados médicos necessários".


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