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RONDÔNIA
Acidente aconteceu depois de explosão durante show pirotécnico para inaugurar sistema de decoração natalina
Rojão em festa de igreja deixa 37 feridos
JOSÉ EDUARDO RONDON
DA AGÊNCIA FOLHA
Trinta e sete pessoas ficaram feridas após a explosão de um rojão
em uma festa em frente à catedral
do Sagrado Coração de Jesus, em
Porto Velho (RO). No local ocorria a inauguração do sistema de
iluminação natalina da igreja.
O acidente aconteceu anteontem durante um show pirotécnico. As baterias de fogos de artifício foram colocadas em uma área
do Exército, atrás da catedral.
Por volta das 21h30 (horário de
Brasília), parte de um rojão caiu
no meio do público, estimado pelos bombeiros em 5.000 pessoas.
"Foram momentos de pânico.
Muita gente correndo, várias pessoas pisoteadas. Tive queimaduras nos seios e nos braços, e minha neta está internada com queimaduras de terceiro grau", disse a
comerciante Maria Nazaré de
Souza, 59. Segundo ela, um dos
foguetes que iria lançar fogos no
céu caiu no solo e explodiu no
meio da multidão. "Era muita
gente precisando ser socorrida e
só havia um carro de bombeiros."
Segundo relato do major Silvio
Luiz Rodrigues da Silva, do Corpo
de Bombeiros, entre os 37 feridos,
havia ao menos três crianças.
O diretor-geral do Hospital de
Base de Porto Velho, Amado Rahhal, para onde foi levada parte
dos feridos, informou que 16 pessoas deram entrada no hospital
com queimaduras de primeiro,
segundo e terceiro graus, mas não
corriam risco de morte.
O evento de inauguração da iluminação da fachada da catedral
de Porto Velho foi uma parceria
entre a Ceron (Centrais Elétricas
de Rondônia), Eletrobrás e Prefeitura de Porto Velho.
O contrato para o show pirotécnico foi feito entre a Minhagência
Propaganda, que presta serviços
de publicidade e assessoria para a
Ceron, e a empresa G. Miranda da
Silva ME, que faz eventos com fogos. Segundo o diretor de mídia
da agência, Francisco Melgarero
Júnior, os quesitos de segurança
foram cumpridos. O Corpo de
Bombeiros informou que a empresa tinha autorização.
O advogado da G. Miranda da
Silva ME, Paulo Rodrigues da Silva, disse que a empresa não cometeu nenhuma irregularidade.
"Os fogos foram colocados a 200
metros de distância do público."
Segundo os bombeiros, a distância segura é entre 70 metros e
cem metros. Até ontem, não havia
uma confirmação oficial da distância entre o público e os fogos.
Um laudo deve ser emitido nos
próximos dias para apontar a
causa do acidente, segundo o delegado Julio Ugalde. A reportagem não conseguiu contato com a
catedral de Porto Velho.
Por meio de uma nota, o presidente da Ceron, Eurípedes Miranda, disse que "todas as pessoas estão recebendo os cuidados médicos necessários".
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