São Paulo, terça-feira, 07 de janeiro de 2003

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice GOVERNO LULA Nova direção do órgão defende transparência das informações coletadas pelo Sistema de Vigilância da Amazônia Presidente do Ibama quer abrir "caixa-preta" do Sivam Nehil Hamilton/Agência BG Press A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, ao lado do novo presidente do Ibama, Marcus Barros KÁTIA BRASIL DA AGÊNCIA FOLHA, EM MANAUS O novo presidente do Ibama, Marcus Luiz Barroso Barros, 55, defende a transparência das informações colhidas pelo Sivam (Sistema de Vigilância da Amazônia). O sistema tem radares, bases de recepção e de tratamento de dados e aviões para monitorar espaço aéreo e terrestre, produzindo informações para orientar, por exemplo, o combate ao narcotráfico e ao desmatamento. "Essa caixa-preta [o Sivam" tem de acabar, pois as informações não fluem. Precisamos das imagens de satélites, da vigilância ambiental detalhada, do monitoramento hidrológico da Amazônia", disse Barros, que presidiu o Inpa (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia). Ao ser empossado ontem pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, Barros disse que pretende conquistar o apoio da sociedade para preservar os ecossistemas, principalmente em áreas de grande desmatamento, como Rondônia e o sul do Pará. Barros disse que o Sivam pode se tornar uma das armas mais importantes no combate a desmatamentos. "Mas é preciso ampliar e democratizar suas informações." Órgãos como o Ibama têm acesso às informações do Sivam através do Sipam (Sistema de Proteção da Amazônia) -o braço civil do projeto, cuja coordenação estará a cargo do ministro da Casa Civil, José Dirceu. A parte militar é coordenada pelo Ministério da Defesa, por meio da Aeronáutica. O diretor-executivo do CenSipam (Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia), Edgar Fagundes Filho, reconheceu que o Sivam "veio importado [dos EUA" na forma de uma caixa-preta". Ele disse que isso mudará até agosto, com a autonomia operacional, a partir do fim do contrato com a Atech, empresa que opera a rede. Texto Anterior: Habitação: Sem-teto são despejados pela segunda vez Próximo Texto: Regularização de favelas é alvo de plano Índice

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