DA REPORTAGEM LOCAL

Os dois assaltantes sabiam em qual dos três prédios do CPAM-2 ficava o depósito de armamentos, segundo a versão de um soldado do setor de armas. Também foram direto ao armário das pistolas que pretendiam levar.
Esse foi o detalhe que mais chamou a atenção do comandante-geral da Polícia Militar, coronel Rui César Melo. "Pelo modo como agiram, com certeza houve atuação de dentro."
O coronel tem dúvidas sobre a rota de fuga dos ladrões: se tivessem entrado pelo alambrado, descendo o barranco, teriam de sair pelo mesmo lugar, carregando peso por uma ladeira de terra escorregadia e molhada pela chuva.

Medidas
Ontem, o comandante-geral disse que o sistema de segurança dos quartéis será revisto. "O sistema falhou e, naturalmente, faremos algumas mudanças."
O quartel da PM é diferente do quartel do Exército. Tem alojamento, mas não uma tropa instalada e vigilância em guaritas.
A PM afirma que há policiais nas entradas e rondas internas. Mas não foi isso que a Folha apurou no CPAM-2: não havia uma única guarita no lado do alambrado supostamente ultrapassado. Nos fundos, há uma cabine de vigilância desativada, num portão que dá para uma rua sem saída.
Policiais ouvidos, que não quiseram ser identificados, negaram a existência das rondas. (AS)


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