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Urânio concentrado é base de programa nuclear brasileiro
DA ENVIADA ESPECIAL A CAETITÉ (BA)
No calendário da retomada
do programa nuclear brasileiro, 2010 é o ano da primeira
ampliação da produção de concentrado de urânio na mina de
Caetité. A previsão é dobrar a
produção para 800 toneladas
de "yellow cake" por ano.
O produto é o resultado da
aplicação de ácidos sobre o urânio em estado mineral. Depois,
ele tem de ser convertido em
gás para enriquecimento e uso
industrial, médico ou militar.
A produção chegaria a 1.200
toneladas/ano daqui a três
anos, logo após a entrada em
operação da mina de Santa Quitéria, no Ceará. Os planos estão
condicionados agora ao esclarecimento da contaminação
dos poços. O aumento da produção depende de licenças.
A história da mina de Caetité
é marcada por alguns incidentes de vazamentos. O mais recente deles, em outubro do ano
passado, rendeu uma multa de
R$ 1 milhão. A estatal recorre.
A mina é fundamental para
os planos de completar o ciclo
de enriquecimento de urânio
em escala industrial. Hoje, o
urânio de Caetité passa por Canadá e Holanda antes de voltar
ao país e abastecer as usinas de
Angra dos Reis. O programa
nuclear prevê a construção de
quatro novas usinas até 2030.
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