São Paulo, domingo, 07 de março de 2010

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Táxi até Cumbica é mais caro que 1 mês de estacionamento

Gastos de quem deixa o próprio veículo em locais próximos aos terminais são menores

Garagens que ficam a cerca de 15 minutos do Aeroporto Internacional de Guarulhos estão cada dia mais lotadas; 45% dos clientes são de SP

EDUARDO GERAQUE
DA REPORTAGEM LOCAL

A corrida de táxi a partir de algumas regiões de São Paulo com destino a Cumbica, em Guarulhos, na região metropolitana, pode ficar mais salgada para o bolso do que deixar o próprio carro até um mês em um dos estacionamentos próximos ao aeroporto.
Preços fechados de taxistas cobrados de quem sai da zona sul da capital paulista, por exemplo, giram em torno dos R$ 200, contando ida e volta.
O valor é maior do que a média cobrada para deixar um veículo parado por 30 dias próximo aos terminais: R$ 160. Se for incluído o valor do combustível, ainda assim há uma economia, mesmo que pequena.
Por causa disso, os estacionamentos que existem nos arredores do aeroporto de Cumbica, a cerca de 15 ou 20 minutos de distância do terminal, estão ficando cada vez mais lotados.
Todas as empresas oferecem um serviço mais ou menos padrão. Funcionamento 24 horas. Van gratuita para levar e buscar os clientes. No desembarque, o usuário do estacionamento precisa ligar para o telefone entregue na ida e pedir o transporte. O motorista também leva com ele a chave do carro.

Cobertura
A principal diferença entre as pelo menos seis opções que existem na região é a cobertura da vaga. Alguns dos lugares não têm áreas 100% cobertas. Por isso, o preço cai. Quase todas as coberturas das vagas são formadas por estruturas de ferro e lona. Ou seja, chuva forte, por exemplo, vai sujar o carro.
Alguns, ainda, ficam mais na mão, do que outros. O que pode ser fundamental em caso de atraso para pegar um voo.
O aumento na procura pelos estacionamentos de Guarulhos -o do próprio aeroporto, que cobra uma diária R$ 31,50 sem desconto para estadias longas, também costuma encher- tem alavancando bastante a contabilidade dos empresários que resolveram investir na região.
"Nas festas de fim de ano, tivemos que fechar por alguns momentos para organizar os carros que estavam nos corredores", afirma Eliza Cazartelli, do estacionamento Zástrás, um dos mais novos da região. Ele existe há dois anos. "No ano passado, nosso faturamento subiu 100%", diz Cazartelli.
Nos estacionamentos BR Parking e Circus, do mesmo dono, o crescimento médio, a partir de 2006, é de 12% ao ano. Segundo o mapa de ocupação, 45% dos clientes são da própria capital. O restante é do interior (32%) e da Grande SP (23%).


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