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Vacinação contra a gripe suína começa amanhã
Gestantes, crianças, adultos entre 20 e 39 anos e doentes crônicos são prioridade
Doença já provocou 16 mil mortes no mundo, sendo 1.705 no Brasil; campanha espera imunizar 73 milhões de pessoas até o fim de maio
MÁRCIO PINHO
DA REPORTAGEM LOCAL
O Ministério da Saúde inicia
amanhã a campanha de vacinação contra a gripe suína com o
objetivo de imunizar pelo menos 73 milhões de pessoas até o
dia 21 de maio. O período antecede o inverno -quando a
transmissão dos vírus da gripe
ocorre com maior intensidade.
Serão priorizados grupos
com mais chances de desenvolver quadros graves e morrer.
Entre os critérios para a escolha estão recomendações da
OMS (Organização Mundial da
Saúde) e dados epidemiológicos do primeiro ano da pandemia de H1N1.
A imunização começará com
indígenas e trabalhadores da
área da saúde. A partir do dia
22, começam a ser vacinados
outros grupos, entre eles as
gestantes. No ano passado, pelo
menos 156 grávidas morreram
por causa da doença.
Também serão vacinadas
crianças que tenham entre seis
meses e dois anos, pessoas com
idade entre 20 e 39 anos e
doentes crônicos -diabetes
por exemplo. Não será necessário apresentar atestado. No total serão disponibilizadas 91
milhões de doses da vacina.
Segundo Eduardo Hage, diretor de Vigilância Epidemiológica do ministério, "a maior disponibilidade de vacina no mercado possibilitou a ampliação
do público-alvo. Até janeiro, o
ministério não incluía no calendário pessoas com idade entre 30 e 39 anos.
Todos os interessados poderão receber aviso do ministério
por e-mail alertando sobre o
início do período de vacinação.
Na página do Ministério da
Saúde (www.saude.gov.br), o
internauta poderá cadastrar
seu e-mail e selecionar a data
de vacinação do grupo ao qual
pertence. O cadastro estará
disponível a partir de amanhã.
Particular
Quem não se enquadrar nos
critérios pode, em tese, procurar clínicas privadas, mas o ministério já adiantou que recomendará a elas que atendam ao
mesmo público-alvo da pasta.
Além disso, os laboratórios
que fabricam a vacina, entre
eles a Glaxo SmithKline e a Sanofi Pasteur, já afirmaram que
a prioridade é produzir para o
setor público, o que poderá tornar mais difícil encontrar a vacina em laboratórios privados.
Mesmo com boa parte da população fora da vacinação, o
ministério considera que a
campanha beneficiará a população como um todo, pois diminuirá a circulação do vírus.
Incógnita
Cerca de um ano depois de a
doença aparecer e de já ter provocado 16 mil mortes no mundo, sendo 1.705 no Brasil - segundo dados oficiais- ainda
não é possível prever como será
o segundo ano da doença.
"Segundo a avaliação da
OMS, não há evidência científica que indique que o vírus esteja mais perigoso ou mais brando em relação à primeira onda",
afirma Eduardo Hage. Segundo
ele, a OMS calcula que a avaliação será ocorrerá em 2011.
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