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Presidente
de tribunal
é investigada
LUÍS INDRIUNAS
da Agência Folha, em Macapá
A CPI do Narcotráfico pediu a
quebra do sigilo bancário, telefônico e fiscal da presidente do TC
(Tribunal de Contas) do Amapá,
Margarete Salomão Santana, logo
após o seu depoimento aos deputados da subcomissão, anteontem
à noite, em Macapá.
Margarete foi convocada pela
CPI para explicar o repasse de R$
4 milhões do TC para empresas
do proprietário do jornal "Amapá
Estado", Sílvio Assis, que tem a
prisão temporária decretada desde anteontem.
Assis está foragido. Ele é acusado pela estudante Mirian Loren
Flexa de ser um dos chefes do tráfico de drogas no Amapá.
O dinheiro teria sido repassado
entre 1995 a 1997 como verba publicitária. A quantia equivale a
28% do orçamento anual do TC
naquele período.
O relator da subcomissão da
CPI, Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ), disse que irá incluir no relatório final da comissão o envolvimento do TC na lavagem de dinheiro do narcotráfico.
Em sessão reservada, Margarete
foi interrogada durante uma hora
pelos deputados. "Ela não explicou nada", disse Biscaia.
Margarete não quis falar com a
imprensa. O seu advogado, Paulo
Martins, disse que os deputados
não mostraram documentos, mas
apenas cópias de notas que podem ser falsas.
Para Martins, a CPI não descobriu os verdadeiros traficantes do
Amapá. "Eles vieram fazer apenas
um circo."
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