São Paulo, sexta-feira, 07 de abril de 2000


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Presidente de tribunal é investigada

LUÍS INDRIUNAS
da Agência Folha, em Macapá

A CPI do Narcotráfico pediu a quebra do sigilo bancário, telefônico e fiscal da presidente do TC (Tribunal de Contas) do Amapá, Margarete Salomão Santana, logo após o seu depoimento aos deputados da subcomissão, anteontem à noite, em Macapá.
Margarete foi convocada pela CPI para explicar o repasse de R$ 4 milhões do TC para empresas do proprietário do jornal "Amapá Estado", Sílvio Assis, que tem a prisão temporária decretada desde anteontem.
Assis está foragido. Ele é acusado pela estudante Mirian Loren Flexa de ser um dos chefes do tráfico de drogas no Amapá.
O dinheiro teria sido repassado entre 1995 a 1997 como verba publicitária. A quantia equivale a 28% do orçamento anual do TC naquele período.
O relator da subcomissão da CPI, Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ), disse que irá incluir no relatório final da comissão o envolvimento do TC na lavagem de dinheiro do narcotráfico.
Em sessão reservada, Margarete foi interrogada durante uma hora pelos deputados. "Ela não explicou nada", disse Biscaia.
Margarete não quis falar com a imprensa. O seu advogado, Paulo Martins, disse que os deputados não mostraram documentos, mas apenas cópias de notas que podem ser falsas.
Para Martins, a CPI não descobriu os verdadeiros traficantes do Amapá. "Eles vieram fazer apenas um circo."


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