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Para Marta, será último problema
DA REPORTAGEM LOCAL
A prefeita de São Paulo, Marta
Suplicy (PT), classificou ontem,
no autódromo de Interlagos, a
greve de ônibus prevista para hoje
como "último enfrentamento pesado" de seu governo até a implantação do novo sistema de
transporte, prometido para julho.
"Agora a gente vai assinar a
concessão. O povo vai começar a
ver a melhoria. Infelizmente, nós
vamos ter de passar ainda por essa greve. É o último, eu espero, enfrentamento pesado que nós vamos ter", afirmou Marta.
A prefeita disse ser "solidária"
com os trabalhadores demitidos,
mas que está se "esforçando" para
que eles sejam absorvidos pelas
outras viações do sistema. Ela
afirmou ter determinado que os
demais condutores com filhos de
até 16 anos sejam incluídos nos
programas sociais "Renda Mínima" ou "Começar de Novo" até
conseguirem novos empregos.
Marta fez ataques ao sindicato
dos condutores, que programou a
greve, e aos donos das viações que
foram fechadas pela prefeitura.
Disse que esses empresários "não
prestam", que mantêm "ônibus
caindo aos pedaços" e que precisava se livrar deles.
"A prefeitura está preparada na
luta contra esse lado podre do sindicato dos trabalhadores, que não
está colaborando", afirmou Marta, atacando a entidade que representa os motoristas demitidos.
O secretário de Formação e Cultura do sindicato, Francisco Xavier da Silva Filho, chamou de
"criminosa" a atitude da prefeitura de impedir a circulação de nove
empresas de ônibus. "É um crime,
não só por deixar mais de 10 mil
pais de família sem emprego, mas
porque a população ficará sem
ônibus suficientes", afirmou.
No novo sistema de transporte
coletivo, as linhas serão divididas
em estruturais, ligando os bairros
ao centro, e locais, sob responsabilidade dos perueiros, restritas
aos bairros e com tarifa reduzida
-próxima de R$ 1,40.
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