São Paulo, quarta-feira, 07 de abril de 2004

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MISTÉRIO NO RIO

Rapaz já deu três versões para o assassinato

Promotoria pede mais uma vez a prisão de caseiro do caso Staheli

DA SUCURSAL DO RIO

A promotora da 1ª Central de Inquéritos do Ministério Público do Estado do Rio, Marcelle Navega, fez novo pedido à Justiça de prisão temporária para o caseiro Jossiel Conceição dos Santos, suspeito de participação na morte do executivo da Shell Zera Todd Staheli e de sua mulher, Michelle. Até a conclusão desta edição, a Justiça não havia analisado o pedido.
A Secretaria de Segurança estuda possibilidade de pedir à Justiça autorização de um exame de sanidade mental no caseiro em razão de seus depoimentos contraditórios. Anteontem, em depoimento ao Ministério Público, Santos disse que recebeu um cheque de R$ 7.000 para fornecer informações sobre a casa dos Stahelis aos supostos assassinos. O cheque, segundo a polícia, nunca existiu.
Na sexta, ele havia dito que assassinos lhe prometeram R$ 40 mil para que ajudasse no crime. Um dia antes, Santos disse que havia matado o casal pois Staheli o tinha chamado de "crioulo". A única evidência de seu envolvimento foi sua confissão na quinta, desmentida por ele na sexta.
Testes de DNA não acharam vestígios de sangue dos Staheli no pé-de-cabra que Santos indicou como arma do crime e na suposta roupa usada no assassinato. Uma perícia na casa dos Stahelis não achou suas impressões digitais.
O secretário de Segurança, Anthony Garotinho, diz que, como a perícia viu vestígios de sangue de três pessoas na camisa, Santos é suspeito de envolvimento em outros crimes. Para o defensor público Alexandre Paranhos, que dá assistência jurídica ao rapaz, as evidências indicam que ele não participou diretamente do crime.


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