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NOVO CRITÉRIO
Gravidade do paciente será levada em conta
Ministério da Saúde vai mudar regra para fila de transplante de fígado
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O Ministério da Saúde deve começar a implantar em dois meses
os novos critérios da ordem da fila
de espera para transplantes de fígado, definidos em março pela câmara técnica do setor. As regras
foram criticadas pela Secretaria
de Estado da Saúde de São Paulo,
contrária à mudança.
A modificação aprovada prevê
que seja levado em consideração
o estado de gravidade do paciente, e não mais o tempo de espera
na fila, que vinha sendo adotado
desde 1998. Segundo o Ministério
da Saúde, isso significa que, quando houver um órgão disponível,
terá prioridade o paciente que
apresentar o quadro clínico mais
grave, não o que estiver há mais
tempo na lista de espera.
A medida terá validade para todo o país, mas somente para os
casos de transplante de fígado.
Começará a ter validade após a
publicação de portarias com a decisão da câmara e depois que o
governo fizer a adaptação no sistema de gerenciamento.
Há mais câmaras discutindo
mudanças em transplantes de outros tipos de órgão, mas elas ainda
não foram definidas. Para cada tipo de transplante há uma câmara
técnica, composta por sete integrantes -especialistas da área-,
e ligada ao sistema nacional do
Ministério da Saúde. No caso de
fígado, as novas medidas foram
debatidas durante mais de um
ano e aprovadas por cinco dos sete membros da câmara.
Para determinar o estado de
gravidade do paciente, o ministério pretende usar um sistema chamado Meld/Peld, que já funciona
nos Estados Unidos.
Com ele, é possível detectar a
expectativa de vida de um paciente na fila de espera, podendo obter
resultados entre o menor e o
maior risco ou gravidade.
Os pacientes à espera de transplante de fígado passarão por testes periódicos para que sejam encaixados na fila.
De acordo com estudo divulgado pelo Ministério da Saúde, 61%
dos 6.200 pacientes que estão na
fila não têm indicação para receber o transplante porque estão
com quadro clínico precoce, o
que tornaria a cirurgia mais perigosa do que a própria doença.
O trabalho foi feito entre novembro de 2004 e janeiro deste
ano em parceria com as centrais
estaduais de transplantes. Atualmente, a espera na fila pode chegar a 51 meses.
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