São Paulo, quinta-feira, 07 de abril de 2005

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União diz ter esgotado diplomacia

DA REPORTAGEM LOCAL

O governo brasileiro diz que foi ao limite do constrangimento nas relações diplomáticas com Cuba para manter o tratamento de Fábio Marcondes de Lima e que ainda estuda formas de atender pacientes que estejam em situação semelhante à do garoto.
"Ocorre que eles chegaram à conclusão de que não havia mais o que fazer. É bem verdade que havia divergência. O médico, que estava desenvolvendo um novo método, achou que poderia continuar, só que o governo cubano informou que Cuba não poderia mais suportar", diz Gilberto Carvalho, chefe de gabinete do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
""A reação do presidente e a minha não foi de conformismo, a gente fez a coisa mais interessante, não dá para dizer que a gente deu tratamento burocrático, insensível", afirmou Carvalho.
Ele afirma que não respondeu às cartas do pai do menino para "não cometer um grosseria". "Poderia dizer que é uma ingratidão, mas acho que é um pai desesperado. Preferi não responder, porque eu tenho mais o que fazer", disse.
A reportagem questionou Carvalho se o interesse econômico do hospital pode ter levado à alta. "Não foi. O caso foi tratado diretamente pelo gabinete do Fidel. Agora, de fato, ficarem lá com doente com custo elevado sem perspectiva de evolução não seria razoável." Para ele, o caso proporcionou discussão, mas, "diante de tanto problema" no setor de saúde no Brasil, não caminhou.


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