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EDUCAÇÃO
Estado condicionou negociação ao fim da paralisação; funcionários decidiram anteontem voltar ao trabalho
Professores das Fatecs suspendem greve
FERNANDA MENA
DA REPORTAGEM LOCAL
Depois de completar três meses
de greve e de muitas denúncias
sobre a defasagem das instalações
do ensino técnico e tecnológico de
São Paulo, os professores das Faculdades de Tecnologia (Fatecs)
decidiram ontem, em assembléia,
suspender a paralisação.
Eles retomarão as aulas na próxima segunda-feira, dia marcado
pela primeira rodada de negociações entre professores e funcionários de ETEs (Escolas Técnicas Estaduais) e de Fatecs com o Centro
Paula Souza -que administra as
unidades de ensino- e a Secretaria de Ciência, Tecnologia, Desenvolvimento Econômico e Turismo do Estado de São Paulo.
A pedido da secretaria, os grevistas apresentaram, na última segunda-feira, uma pauta de reivindicações que extrapolasse a questão da reposição salarial (de
72,22%), para as quais o governo
afirma ser possível iniciar uma
negociação.
Entre outras reivindicações da
categoria estão a não-punição dos
grevistas e a realização do vestibular (Fatec) e do vestibulinho
(ETEs) no segundo semestre.
Anteontem, os funcionários de
ETEs e Fatecs e os professores das
escolas técnicas já haviam deliberado, por meio do sindicato da categoria (Sinteps), a suspensão da
greve, já que a secretaria acenou
com a abertura de negociações
condicionada ao fim da greve.
No próximo dia 20, os professores das Fatecs farão nova assembléia para avaliar o movimento e
o andamento das negociações.
"Se não tivermos progredido em
nenhum dos pontos da nossa
pauta, podemos retomar a greve",
disse Celso Conto Jr., professor da
Fatec São Paulo.
Ainda assim, os alunos das Fatec devem continuar em greve. "O
recuo dos professores foi estratégico. Vamos conscientizar os demais alunos e realizar assembléias", disse Marcelo da Cruz,
aluno da Fatec São Paulo.
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