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Mortos chegam a 34 em naufrágio no AM
17 corpos foram encontrados ontem nos rios Solimões e Amazonas; para a polícia, ainda há de dez a 20 desaparecidos
A maior parte dos mortos foi achada próxima do acidente; dois deles, entretanto, foram localizados no rio Amazonas, a 50 km da área do naufrágio
DA AGÊNCIA FOLHA
Subiu para 34 o número de
mortos no naufrágio do barco
Comandante Sales, em Manacapuru (84 km a oeste de Manaus), na madrugada de domingo. Somente ontem, 17 corpos foram localizados nos rios
Solimões e Amazonas.
De acordo com a Polícia Civil,
ainda há de dez a 20 pessoas desaparecidas. Foram achados 17
homens, 16 mulheres e um menino de cerca de um ano.
O comandante do Corpo de
Bombeiros do Amazonas, Antônio dos Santos, disse que já
era esperado que mais corpos
começassem a boiar após 48 h
do acidente, já que as águas do
Solimões são frias, o que favorece a conservação deles.
"Em águas mais quentes, a
deterioração do corpo é maior,
e eles vão à tona em cerca de 24
horas", disse Santos.
A maior parte dos corpos foi
encontrada na região onde o
barco de madeira tombou. Dois
dos corpos, contudo, foram localizados a cerca de 50 km do
local do naufrágio, já no rio
Amazonas, próximo a Manaus.
Por conta da localização distante desses corpos, equipes de
buscas montaram uma "barreira" com lanchas no local para
tentar evitar que corpos sejam
levados pela correnteza do rio.
O raio das buscas foi estendido
para até 60 km do ponto do acidente.
Ontem, cerca de cem integrantes da Marinha e do Corpo
de Bombeiros trabalhavam nas
buscas. Também foi usado um
helicóptero da Marinha.
Até as 18h30 (horário de Brasília) de ontem, apenas os 17
corpos localizados no domingo
e na segunda haviam sido identificados. Os outros 17 estavam
ontem no IML (Instituto Médico Legal) em Manaus, para reconhecimento por familiares.
O delegado Antônio Rodrigues disse que peritos iniciaram ontem a perícia no barco,
que possui dois andares e cerca
de 20 metros de comprimento.
Para o delegado, o acidente
pode ter ocorrido por excesso
de passageiros, o que teria impossibilitado o barco de passar
por um remoinho (movimento
circular causado pelo cruzamento de ondas ou ventos).
O barco tinha capacidade para 50 pessoas. De acordo com
estimativas do Corpo de Bombeiros, ele estaria levando cerca
de 80 no momento do acidente.
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