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Força Nacional de Segurança é usada para revistar presídio em MS
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CAMPO GRANDE
A Força Nacional de Segurança Pública fez ontem uma
revista no presídio de segurança máxima de Campo
Grande (MS). Foram encontrados ao menos 32 celulares
e 50 armas artesanais, segundo a assessoria do Ministério da Justiça, ao qual a
força é subordinada.
O envio a Mato Grosso do
Sul de 200 policiais da Força
Nacional foi solicitado pelo
governador José Orcírio Miranda dos Santos, o Zeca do
PT, ao ministro Márcio Thomaz Bastos (Justiça), após
rebeliões em quatro presídios realizadas a mando do
PCC -grupo criminoso sediado em São Paulo-, nos
dias 14 e 15 de maio.
Os policiais chegaram a
Campo Grande há uma semana, mas só ontem fizeram
a primeira ação no presídio,
que abriga 1.400 internos e
foi parcialmente destruído
na rebelião. A tropa deve ficar 60 dias no Estado. Será
gasto R$ 1,39 milhão só em
pagamento de diárias.
A Secretaria Estadual da
Segurança Pública informou
que o sinal de celular está
bloqueado na região do presídio há uma semana. No dia
23, a Polícia Militar já tinha
apreendido dez aparelhos.
Ontem de manhã, circulou
a informação sobre uma carta com ameaças atribuídas
ao PCC. Esse manuscrito
chegou anteontem ao secretário estadual da Segurança
Pública, Raufi Marques, pelo
serviço de inteligência da polícia, mas já circulava em São
Paulo, pois teria sido apreendido em um presídio de Sorocaba (SP).
Com o título "planos de
2006 do PCC", a carta diz
que "todas as cadeias vão virar" em "6.6.2006, que é o
aniversário do PCC". Relata
ainda que serão "atacadas as
bases" das polícias Militar e
Civil, além do pré-candidato
a presidente pelo PSDB, Geraldo Alckmin, e o ex-secretário da Administração Penitenciária de São Paulo Nagashi Furukawa, porque eles
"apoiaram a construção de
presídios federais".
Marques e o ministério informaram que a revista foi
preparada com antecedência e nada teve a ver com a
carta. "Nossa avaliação é que
essa carta não foi escrita pela
facção criminosa. Ela não
tem credibilidade", disse.
O Estado anunciou ontem
que as visitas aos presos estão suspensas por 30 dias e
que serão retirados televisores e rádios, impedindo-os
de acompanhar a Copa do
Mundo.
(HUDSON CORRÊA)
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