São Paulo, terça-feira, 07 de junho de 2011

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ANÁLISE

Parques ou praças: por que só na periferia das cidades?

ANA MARIA LINER PEREIRA LIMA
ESPECIAL PARA A FOLHA

Se uma só árvore já ajuda a melhorar o clima, economizar energia e até a valorizar a região, o que dizer, então, das áreas verdes urbanas?
Na situação precária em que vivemos nos grandes centros, com escassez de áreas verdes, ficamos felizes se mais árvores são plantadas.
Em quase todas as maiores cidades brasileiras, bairros nobres já são bem mais "verdes". Esse verde inclusive valoriza o metro quadrado (o entorno do Central Park, em Nova York, é um dos mais valorizados do mundo).
Já nos locais mais pobres, a falta de opções leva crianças a jogar bola no meio da rua e até em avenidas.
Duas coisas devem ser observadas ao planejar novos parques e praças: frequência e distribuição. No primeiro caso, devem ser em número suficiente para cumprir a expectativa, em termos do número de moradores da área. No segundo, de nada adianta ter pouco ou quase nada no centro da cidade, barganhado com uma grande área periférica.
O verde da periferia, claro, deve ser transformado em parque também, pois, no futuro, estará inserido no novo centro urbano que surgirá.
Mas, para o momento, o que importa é que os atuais bairros mais centrais sejam privilegiados, porque estão mais sujeitos à poluição, ao excesso de veículos e pessoas e às inundações por falta de áreas permeáveis e árvores.
As áreas que já são parques ou reservas, assim como as definidas como de preservação permanente, devem ser mantidas muito bem cuidadas e fiscalizadas.

ANA MARIA LINER PEREIRA LIMA é professora da Esalq-USP e especialista em arborização urbana


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