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COMÉRCIO IRREGULAR
GCM assumirá a tarefa a partir do dia 30; atuais fiscais ficarão encarregados das atividades de apoio
500 guardas fiscalizarão camelôs no centro
UIRÁ MACHADO
DA REPORTAGEM LOCAL
A partir do dia 30, a fiscalização
dos camelôs na região da Subprefeitura da Sé passará a ser feita pela GCM (Guarda Civil Metropolitana). A atividade será exercida
por cerca de 500 guardas-civis até
o final de agosto, quando esse número deverá chegar a 900.
Com a mudança, os agentes da
subprefeitura deixarão de fiscalizar e passarão a apoiar a ação dos
guardas. Serão responsáveis, por
exemplo, por conduzir mercadorias apreendidas à subprefeitura.
A criação da nova função da
GCM é mais uma tentativa da prefeitura de regularizar o comércio
na região. A idéia é coibir os camelôs irregulares (sem autorização) e ilegais (vendedores de produtos que são fruto de pirataria,
de contrabando ou de roubo de
carga). A Subprefeitura da Sé estima em 4.000 o número de camelôs na sua área, sendo que apenas
1.244 são autorizados.
Para trabalhar como camelô é
preciso ter uma autorização
-TPU, Termo de Permissão de
Uso-, que é pessoal e determina
um local para a venda de produtos. Para a rua 25 de Março, por
exemplo, existem 81 autorizações.
Contudo, na tarde de segunda,
551 camelôs trabalhavam por lá.
A 25 de Março será uma das
prioridades da Guarda Civil.
Também terão prioridade: praça
da Sé, viaduto do Chá, praça Patriarca, largo São Bento e ruas Sete
de Abril, Barão de Itapetininga e
24 de Maio.
Segundo o subprefeito da Sé,
Sérgio Torrecilas, cerca de 800
agentes administrativos haviam
sido contratados em caráter
emergencial para fazer a fiscalização. Como seus contratos estão
acabando e não podem ser renovados, serão substituídos por 250
agentes concursados.
Segundo o secretário municipal
de Segurança Urbana, Benedito
Mariano, a GCM poderá fiscalizar
e apreender mercadorias, mas
também terá um papel de policiamento preventivo. No trabalho de
fiscalização, os guardas-civis estarão armados e usarão o mesmo
uniforme, mas com uma diferença: um capacete branco -o que
facilitará a identificação.
De acordo com o secretário,
apesar de os guardas-civis atuarem armados e de os camelôs terem afirmado que irão resistir, a
GCM não está trabalhando com a
hipótese de confronto.
De acordo com Benedito Mariano, farão parte da superintendência (órgão criado para coordenar
a ação da GCM) os 300 guardas civis que atuam na região central,
outros 325 que estão em treinamento e mais quase 300 que serão
remanejados. "Mas não deslocaremos guardas que fazem segurança escolar." A cidade tem
atualmente 6.200 guardas-civis.
A experiência na Sé deverá ser
estendida a outras regiões.
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