DA REPORTAGEM LOCAL

A suspensão do rodízio na primeira quinzena de julho, em caráter experimental, opõe o prefeito Gilberto Kassab a técnicos da CET.
A Folha apurou que a decisão de suspender o rodízio foi do próprio Kassab, que, mesmo convencido por técnicos de que a experiência não deu certo, continua exigindo a continuidade dos testes.
Por isso, o prefeito não anunciou ontem o fim do rodízio, como pretendia a CET.
A entrevista coletiva de Kassab ontem pela manhã, no intervalo da reunião do secretariado municipal no Anhembi, demonstrou bem essa divisão.
O presidente da CET, Roberto Scaringella, trocou algumas palavras com o prefeito enquanto os jornalistas esperavam, mas se afastou em seguida. O secretário dos Transportes, Frederico Bussinger, também estava presente, mas não se aproximou.
Kassab ainda demonstrou confusão ao falar sobre a medida. Por seis vezes repetiu que o rodízio é suspenso nos meses de janeiro e fevereiro, quando a suspensão é válida apenas para janeiro. O rodízio deixou de valer em fevereiro.
O prefeito ainda afirmou que a experiência atual foi adotada porque o rodízio nunca foi suspenso em julho. Outra informação equivocada, pois a suspensão foi adotada outras duas vezes, em 1998 e 1999.
Kassab anunciou, em entrevista à rádio CBN, que o rodízio seria suspenso em julho sem nem mesmo consultar a CET. Depois, a CET chegou a anunciar que a suspensão valeria até o dia 10, informação corrigida horas depois, na véspera da publicação da portaria que regulamentou a medida.


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