|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Serra autoriza privatização de trecho do Rodoanel
Pedágio no trecho oeste, com 32 quilômetros e concluído em 2002, foi fixado em R$ 4,40 e deverá ser cobrado em 2008
Prazo de concessão foi fixado em 25 anos; em fase de finalização, a proposta será apresentada em audiências públicas
JOSÉ ERNESTO CREDENDIO
DA REPORTAGEM LOCAL
O governador de São Paulo,
José Serra (PSDB), autorizou
por meio de decreto a privatização e a cobrança de pedágio nos
32 quilômetros do trecho oeste
do Rodoanel, obra que interliga
as principais rodovias que chegam à capital do Estado.
O pedágio começará a ser cobrado no próximo ano, caso
não haja percalços no processo
de concessão.
O trecho oeste do Rodoanel
começa no sistema Anhangüera-Bandeirantes e cruza a rodovia Castello Branco até chegar à
Régis Bittencourt.
Passam por dia naquele trecho, segundo a Secretaria dos
Transportes, cerca de 145 mil
veículos, volume que cresce
3,32% ao ano.
A tarifa básica, paga por automóveis de passeio, foi fixada
em R$ 4,40 pelo conselho diretor do PED (Programa Estadual de Desestatização).
Além das praças de cobrança
da tarifa normal, haverá praças
de bloqueio (para evitar a fuga
de motoristas), com tarifa a
R$ 2,20, instaladas nos pontos
de saída do trecho oeste, concluído em outubro de 2002.
A tarifa será corrigida anualmente pela variação do IPCA
(Índice de Preços ao Consumidor Ampliado) do IBGE.
Projeto antigo
A idéia de privatizar o trecho
oeste surgiu no final de 2006.
Na época, Serra cogitava privatizar também o trecho sul, que
vai interligar a rodovia Régis
Bittencourt ao sistema Anchieta-Imigrantes e ao ABC.
O projeto do trecho sul, avaliado em R$ 3,6 bilhões -incluindo desapropriações-, começou em 2006, foi paralisado
meses depois por falta de recursos e retomado neste ano
pelo governo.
O governador desistiu da privatização do trecho sul, investimento que pretende viabilizar
até 2010 com verbas do Estado
e da União e com a outorga (valor pago pela vencedora da concessão) do trecho oeste.
Com a concessão, o governo
Serra espera arrecadar pelo
menos R$ 1,6 bilhão (valor mínimo fixado para a outorga), o
que já cobre quase metade do
investimento no trecho sul.
Leva a concessão a empresa
ou o consórcio que oferecer o
maior valor de outorga.
Modelo
A Artesp (agência reguladora
dos transportes do Estado) ainda vai finalizar uma proposta
de concessão para ser submetida a audiências públicas, mas o
modelo foi praticamente definido pelo conselho diretor do
PED em reunião realizada no
dia 2 de julho.
Com base nas decisões do
PED, Serra fixou o prazo de
concessão em 25 anos, mas a
concessionária só poderá iniciar a cobrança do pedágio após
realizar investimentos de R$
795 milhões no primeiro ano.
O dinheiro deve ser aplicado
na recuperação do pavimento,
drenagem das vias marginais,
construção de barreiras acústicas e posto policial.
Texto Anterior: Há 50 anos Próximo Texto: Vizinhos saqueiam carne enterrada pelo Exército no Rio Índice
|