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5 são acusados de sequestro relâmpago na zona oeste
Quadrilha atacava em Perdizes, Lapa, Vila Madalena, Pinheiros e Morumbi
Os cinco presos são suspeitos de ter feito
cerca de 50 sequestros relâmpagos na Grande SP desde o início do ano
ANDRÉ CARAMANTE
DE SÃO PAULO
Uma quadrilha acusada
de uma série de sequestros
relâmpagos nas regiões oeste
e sul da capital paulista foi
presa na quinta-feira pela Polícia Civil de São Paulo.
Policiais dizem que há indícios de que os cinco presos
foram responsáveis por mais
de 50 casos desse tipo desde
janeiro deste ano.
Foram três meses de investigação até que a Justiça decretasse a prisão temporária
-por 30 dias- dos acusados, entre eles uma mulher
de 26 anos e um taxista.
A quadrilha, segundo a
polícia, atuava nas regiões
de Pinheiros, Ceasa, Vila Madalena, Lapa, Jaguaré, Morumbi e Perdizes, na zona
oeste de São Paulo, e também na Vila Clementino, zona sul, e em Taboão da Serra
(Grande São Paulo).
Sempre bem vestidos e
num carro Meriva, dois dos
acusados escolhiam suas vítimas e as levavam para fazer
saques em caixas eletrônicos
de um hipermercado onde
sabiam não existir câmeras
de vigilância.
Os alvos eram pessoas
bem vestidas, com carros de
luxo ou algo que sinalizasse
um bom poder aquisitivo, como uma raquete de tênis. As
vítimas poderiam estar andando ou dentro do carro.
TÁXI
Em um dos casos, o grupo
fugiu em um táxi. Eles acreditavam que a polícia nunca
desconfiaria de um casal
dentro de um veículo desses.
A polícia passou a investigar os suspeitos em 18 de
maio, depois de um funcionário da TV Cultura ter sido
sequestrado pelo grupo.
Mas a principal pista surgiu quando o grupo sequestrou um homem de 78 anos.
A vítima fingiu passar mal
para enganar os acusados.
Tenso com a situação, um
dos criminosos deixou o celular cair no carro da vítima.
Seus contatos passaram a ser
monitorados pela polícia.
Dentre os cinco presos, está o taxista Wanderley Ferreira Fausto Junior, 33, que, segundo a polícia, também é
acusado de manter um disque-drogas -viciados ligavam e ele entregava as drogas em suas casas.
ESCUTAS
Em escutas telefônicas feitas com autorização judicial,
os investigadores de Taboão
descobriram que os acusados Anderson Ferreira dos
Santos, 31, e William Alves
da Silva, 32, ambos ex-presidiários, chefiavam o grupo.
Além dos três, também foram presos Adriane da Silva
Nascimento e Rogério da Silva Pereira.
Até ontem, nenhum dos
presos havia constituído advogado de defesa, segundo a
Polícia Civil.
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