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Suspeito por Androcur falso se entrega
CARLA CONTE
da Reportagem Local
Élcio Ferreira da Silva, principal
acusado de vender Androcur (remédio contra câncer de próstata)
falso para várias distribuidoras, se
apresentou às 14h30 de ontem à
polícia em Santo André (Grande
São Paulo).
A Justiça decretou a prisão temporária de Élcio no dia 23 de julho.
Ele deve permanecer preso por
cinco dias, prazo que pode ser renovado por mais cinco dias.
Seu depoimento, que havia começado no início da tarde, não
havia terminado até as 19h. Élcio
se apresentou acompanhado de
dois advogados, depois que a polícia conseguiu localizar sua mulher
na região de Santo Amaro.
Fernanda Birke, advogada de Élcio, não quis responder à imprensa se seu cliente é inocente. "Estamos aqui para colaborar com as
investigações."
O delegado do 1º DP Guerdson
Ferreira, que investiga o caso, chegou a encontrar, no apartamento
de Élcio, notas fiscais da empresa
Minister, falida desde 1996, usadas
nas transações com várias distribuidoras, entre elas a Ação, de Belo Horizonte.
Os donos dessas empresas disseram à polícia que, de fato, compraram remédios de Élcio, que teria se apresentado como representante da Minister. Ele também é
suspeito de receptação de num inquérito sobre carga roubada.
Código sanitário
A Assembléia paulista aprovou
na noite de anteontem o novo Código Sanitário do Estado, durante
sessão extraordinária realizada
após acordo de lideranças.
O texto aprovado foi o projeto
substitutivo do deputado Roberto
Gouveia (PT) com emendas da comissão de saúde da Assembléia.
Agora, o projeto vai para a sanção
do governador em exercício Geraldo Alckmin.
Um dos principais tópicos do
novo código estabelece multa de
até R$ 80 mil -um crescimento
de 3.900% em relação ao teto anterior, de R$ 2.000.
Além disso, o projeto também
permite a cobrança de multa diária, o que ocorre hoje em raríssimos casos, segundo o Centro de
Vigilância Sanitária.
Pelo novo texto, o dinheiro vindo das multas também será revertido para a Secretaria de Saúde,
que o destinará com prioridade
para as atividades da Vigilância
Sanitária. Atualmente, a verba é
destinada à Secretaria da Fazenda.
O código prevê a atualização da
legislação de acordo com o avanço
tecnológico e a participação da sociedade na fiscalização.
A proposta também fortalece a
atuação dos municípios, que terão
à disposição mais informações sobre as atividades das Vigilâncias
Sanitárias municipais de todo o
Estado, por meio de uma rede de
informações que o órgão está implantando.
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