São Paulo, sábado, 07 de setembro de 2002
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RIO Policiais foram mobilizados para escoltar criminoso até o Fórum de Bangu Beira-Mar é vigiado por 200 homens
DA SUCURSAL DO RIO Um dia depois de o traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, ter sido acusado pelo Ministério Público do Rio de comandar assassinatos de dentro do presídio de Bangu 1 (zona oeste do Rio), as polícias Civil, Militar e o Departamento do Sistema Penitenciário mobilizaram ontem 200 homens para escoltá-lo até o Fórum de Bangu. Beira-Mar foi assistir ao depoimento das testemunhas de defesa num processo em que é acusado de formação de quadrilha e extorsão. O processo foi aberto a partir de uma gravação na qual o traficante, de dentro da prisão, manda seu advogado cobrar uma dívida de um fazendeiro de Goiás. Na mesma hora, outros seis cúmplices de Beira-Mar presos em Bangu 1 também foram levados para o fórum, entre eles Marcos Antônio Tavares, o Marquinhos Niterói. O advogado de Niterói, Ésio Lopes Neves, arrolou como testemunha de defesa de seu cliente o candidato do PSB à Presidência da República, Anthony Garotinho, ex-governador do Rio. O pedido se baseará em declarações de Garotinho de que, quando estava no governo, não coibia a entrada de celulares nos presídios, para possibilitar a gravação de conversas de detentos. A assessoria do presidenciável informou que Garotinho não recebeu nenhuma intimação. Ontem, o comandante do 15º Batalhão, de Duque de Caxias (Baixada Fluminense), tenente-coronel Dinaldo Macedo, afirmou que não foi avisado pelo Ministério Público Estadual de que Fernandinho Beira-Mar havia ordenado, por telefone celular, uma chacina na favela Beira-Mar. A ordem está numa gravação feita no dia 27 de julho pela Polícia Federal, com autorização judicial, e divulgada na quinta-feira pelo procurador-geral de Justiça do Rio, José Muiños Piñero Filho. Segundo o procurador, vários batalhões da PM foram avisados, para tentar impedir que a matança se consumasse. O próprio promotor responsável pelo caso, Rogério Ferreira, disse que não havia como a PM ser avisada no momento da gravação, porque os policiais federais que ouviam a conversa não identificaram o local da matança. Texto Anterior: Acidente: Avião cai em aeroporto de Belém e deixa dois mortos e dois feridos Próximo Texto: Corregedoria quer ampliar poderes Índice |
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