São Paulo, segunda, 7 de setembro de 1998

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TRAGÉDIA
Doméstica de 21 anos não resiste a hemorragia no abdômen; menina de 10 anos está internada em estado grave
Sobem para 24 os mortos em Osasco

da Reportagem Local

Subiu para 24 o número de mortos em decorrência do desabamento do templo da Igreja Universal do Reino de Deus em Osasco, na madrugada de sábado.
Às 10h10 de ontem, a empregada doméstica Mônica de Jesus Andrade, 21, morreu no Hospital Regional de Osasco devido a uma hemorragia no abdômen.
No acidente, ela sofreu vários ferimentos e foi internada no Hospital das Damas com traumatismo craniano e hemorragia interna. Após a internação, Mônica sofreu uma cirurgia no abdômen.
Ainda no sábado, a garota foi transferida para a UTI do Hospital Regional de Osasco e foi submetida a uma segunda cirurgia para localizar a hemorragia e estancá-la. Entre os traumas, Mônica teve o baço dilacerado. Apesar de a cirurgia ter transcorrido bem, Mônica não resistiu e morreu.
Ela trabalhava como empregada doméstica havia três meses na casa da professora Dária Maria Santos Lemes, 37, em Barueri, onde morava havia também três meses.
Feridos
A Secretaria da Saúde de Osasco e a Defesa Civil Estadual divergem sobre o número total de feridos. Segundo a secretaria, são 467. Para a Defesa Civil, 539 pessoas se feriram. Até as 18h de ontem, permaneciam internadas 42 vítimas do acidente. Pelo menos quatro delas estavam em estado grave, entre elas uma menina de 10 anos.
O levantamento feito pela Secretaria da Saúde de Osasco aponta 29 vítimas - não incluía as internadas no Hospital das Clínicas.
Segundo o secretário da Saúde da cidade, João de Souza Filho, 52, o HC negou-se a fornecer informações sobre esses pacientes. À Folha, o HC informou por telefone que permaneciam internados 13 vítimas, algumas em estado grave na UTI. O hospital não forneceu o número de pacientes nessas condições.
Das quatro vítimas em estado grave, três estavam internadas no Hospital Montreal e uma no Hospital Municipal Antonio Giglio.
O Montreal mantinha ontem sete pacientes vítimas do acidente. Em estado grave estavam Helen Carolina Navarro, 14, Igor Padilha, 18, e Debora Alessandra Silva, 22. A vítima grave internada no Antonio Giglio é Jaqueline E. dos Santos, 10, que sofreu traumatismo abdominal e torácico.
O superintendente do hospital, Ewandro de Castro Rück, diz que Jaqueline, que ontem foi visitada pelos pais, corre risco de morrer.
Dos nove hospitais da cidade envolvidos no atendimento às vítimas, três deram alta ontem para todos os pacientes internados devido ao acidente.
Não havia mais vítimas nos hospitais Amador Aguiar, Cruzeiro do Sul e das Damas.
O Hospital Municipal Antonio Giglio deu alta para sete vítimas. O Regional liberou três pacientes. Em São Paulo, além do HC, a Santa Casa mantinha internadas duas vítimas. (RICARDO ZORZETTO,
PRISCILA LAMBERT e ANDRÉ LOZANO)



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