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Nos EUA, Vioxx pode ter afetado 28 mil, diz estudo
DA REDAÇÃO
O jornal norte-americano
"The Wall Street Journal"
publicou ontem o resultado
de um estudo realizado pela
FDA (agência responsável
pela vigilância de produtos
alimentícios e farmacêuticos
nos EUA) que calcula que o
uso do antiinflamatório
Vioxx -retirado do mercado na quinta-feira da semana passada- tenha causado, entre 1999 e 2003, quase
28 mil ataques cardíacos ou
mortes súbitas.
A pesquisa projeta a quantidade de mortes que teria
ocorrido caso os pacientes
estivessem tomando Celebrex (vendido no Brasil como Celebra), o medicamento da Pfizer que competia
com o Vioxx, da Merck. O
estudo chegou à quantidade
estimada de 27.785 casos de
problemas cardíacos provocados pelo medicamento.
Foram analisadas informações de 1,4 milhões de pacientes da Kaiser Permanente -um dos maiores grupos
de assistência de saúde dos
Estados Unidos- que usavam antiinflamatórios, incluindo 40.405 que tomavam Celebrex e 26.748 que
usavam Vioxx.
Foram 58 os casos de morte súbita ou ataque cardíaco
entre pacientes que tomavam dose diária inferior a 25
miligramas de Vioxx. Desse
total, a pesquisa estima que
21 (36,2%) não teriam ocorrido caso o paciente estivesse
usando Celebrex.
Entre os usuários de doses
superiores a 25 mg, diz o jornal, 97% das mortes não teriam ocorrido.
Segundo o diário, o estudo
deve intensificar a quantidade de processos que a Merck
vem enfrentando desde que
tirou o Vioxx de circulação.
Um porta-voz do laboratório afirmou que a Merck
não quis comentar os resultados da pesquisa.
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