São Paulo, quinta-feira, 07 de outubro de 2004

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Nos EUA, Vioxx pode ter afetado 28 mil, diz estudo

DA REDAÇÃO

O jornal norte-americano "The Wall Street Journal" publicou ontem o resultado de um estudo realizado pela FDA (agência responsável pela vigilância de produtos alimentícios e farmacêuticos nos EUA) que calcula que o uso do antiinflamatório Vioxx -retirado do mercado na quinta-feira da semana passada- tenha causado, entre 1999 e 2003, quase 28 mil ataques cardíacos ou mortes súbitas.
A pesquisa projeta a quantidade de mortes que teria ocorrido caso os pacientes estivessem tomando Celebrex (vendido no Brasil como Celebra), o medicamento da Pfizer que competia com o Vioxx, da Merck. O estudo chegou à quantidade estimada de 27.785 casos de problemas cardíacos provocados pelo medicamento.
Foram analisadas informações de 1,4 milhões de pacientes da Kaiser Permanente -um dos maiores grupos de assistência de saúde dos Estados Unidos- que usavam antiinflamatórios, incluindo 40.405 que tomavam Celebrex e 26.748 que usavam Vioxx.
Foram 58 os casos de morte súbita ou ataque cardíaco entre pacientes que tomavam dose diária inferior a 25 miligramas de Vioxx. Desse total, a pesquisa estima que 21 (36,2%) não teriam ocorrido caso o paciente estivesse usando Celebrex.
Entre os usuários de doses superiores a 25 mg, diz o jornal, 97% das mortes não teriam ocorrido.
Segundo o diário, o estudo deve intensificar a quantidade de processos que a Merck vem enfrentando desde que tirou o Vioxx de circulação.
Um porta-voz do laboratório afirmou que a Merck não quis comentar os resultados da pesquisa.


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