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Remédios vão ter selo de segurança
Objetivo é combater falsificação e contrabando; indústria diz que medida vai provocar aumento de preços
Agência Nacional de Saúde diz que impacto médio é de 0,05%, mas farmacêuticas falam em até 23% de acréscimo
ANGELA PINHO
DE BRASÍLIA
A partir do próximo ano,
as caixas de medicamentos
começarão a ter um selo de
segurança para combater a
falsificação e o contrabando
dos produtos.
A autenticidade poderá ser
verificada pelo consumidor
por meio de um equipamento de leitura ótica que deverá
ser instalado em todas as farmácias e drogarias do país
também em 2011.
A partir de 2012, a etiqueta
será obrigatória. A indústria
farmacêutica afirma que a
medida vai provocar um aumento do preço dos medicamentos para o consumidor
que pode chegar a até 23% no
caso dos genéricos.
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária)
rebate e afirma que o impacto médio é de 0,05% no preço, ou de 2,58% para remédios que custam até R$ 5.
A agência anunciou a nova regra ontem e argumentou que o principal objetivo é
conter a falsificação de contrabando de medicamentos.
Só em 2010, de janeiro a
setembro, foram apreendidos 53.575 produtos nessa situação, um pouco mais do
que em todo o ano passado.
Com o selo, a ideia é que
cada caixa de medicamento
tenha uma numeração única, o que permitirá que ela seja rastreada pelos órgãos de
fiscalização.
As máquinas de leitura ótica serão fornecidas às farmácias e drogarias pela Casa da
Moeda.
Já o selo custará pelo menos R$ 0,07 por cada uma
das unidades, sem contar os
impostos estaduais.
O presidente da Anvisa,
Dirceu Raposo de Mello, disse que não serão permitidos
aumentos nos preços dos
medicamentos por causa disso, mas a indústria rebate
sua afirmação.
Isso porque, atualmente,
grande parte dos medicamentos é vendida a preços
menores do que os máximos
permitidos pelo governo.
Com a obrigatoriedade do selo, essa diferença deve diminuir, diz o vice-diretor executivo do Sindusfarma (sindicato da indústria farmacêutica de SP), Nelson Mussolini.
De acordo com ele, além
do valor do selo, a indústria
terá que arcar com as máquinas seladoras e locais de armazenagem, entre outros
custos. Ele defende a adoção
de outra tecnologia.
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