São Paulo, Domingo, 07 de Novembro de 1999
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Diretor de "Clube da Luta" rebate críticas de violência

SAMUEL BLUMENFELD
do "Le Monde"

O diretor do filme "Clube da Luta", David Fincher, rebate críticas de que o filme seja violento. Leia abaixo entrevista concedida antes das mortes em São Paulo:

Pergunta - Em "Clube da Luta", você mostra uma associação que ganha a vida fabricando sabão com gordura humana retirada do lixo de uma clínica de lipoaspiração.
David Fincher -
Meu objetivo era zombar das práticas da cirurgia estética e dessas mulheres que se vêem em Beverly Hills e cujos rostos foram refeitos tantas vezes que se tornam irreconhecíveis.

Pergunta - Você sabia que a única vez que se usou gordura humana para fabricar sabão foi nos campos de extermínio?
Fincher -
Eu não sabia.

Pergunta - A estréia de "Clube da Luta" nos EUA estava prevista para o verão deste ano, mas foi adiada para o outono. Consta que teria sido adiada por causa do massacre em Littleton.
Fincher -
Não é bem assim. Esse incidente não tem nada a ver com o filme. Tínhamos um problema de duração. O filme tinha duas horas e meia, e as projeções de teste mostraram que o público gostava, mas o achava longo.

Pergunta - Como você vê a polêmica em torno da violência do filme e as críticas segundo as quais deveria ter sido proibido para menores de 17 anos?
Fincher -
Não acompanhei essa polêmica de perto. Parece-me que ela não diz respeito à proibição para menores de 17 ou 13 anos.


Tradução de Clara Allain




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