|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Secretário critica mercado e imprensa
DA REPORTAGEM LOCAL
O secretário municipal das Finanças, João Sayad, criticou a reação do mercado financeiro e da
imprensa à informação de que a
Prefeitura de São Paulo deixou de
pagar cerca de R$ 3 bilhões referentes à amortização de 20% da
dívida do município com a União.
Sayad, que convocou uma entrevista às pressas, pouco após a
abertura da Bovespa, chamou de
"requentada" a notícia, divulgada
ontem pela imprensa com base
em nota oficial da própria Secretaria das Finanças, de que a prefeitura não faria o pagamento.
Ele creditou o aumento do dólar
e a queda da Bolsa a "uma época
de agitação no mercado financeiro, que vive de agitação". Também criticou a imprensa. "Mas
não é só o mercado financeiro que
vive assim, a imprensa também."
Sayad destacou que o não-pagamento da amortização -possibilidade prevista no contrato- não
trará consequências imediatas
para a Prefeitura de São Paulo.
"As parcelas mensais continuam
a ser de 13% da receita líquida
real", informou o secretário, que
negou que a prefeitura esteja dando um calote. "Daqui a 30 anos, a
dívida terá de ser recalculada."
Atualmente, por conta da dívida, a prefeitura paga cerca de R$
70 milhões por mês à União.
"Há dois anos, quando se perguntava se São Paulo exerceria essa opção [pagar a amortização], a
resposta era a mesma de agora.
Não se trata nem de uma escolha,
trata-se de uma impossibilidade:
um orçamento de R$ 10 bilhões
que não permite pagar, em um
ano só, R$ 3 bilhões à União."
Texto Anterior: Administração: Para Marta, aumento de juros é "descabido" Próximo Texto: Dívida tem aumento de R$ 800 milhões Índice
|