São Paulo, quinta-feira, 07 de novembro de 2002

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Secretário critica mercado e imprensa

DA REPORTAGEM LOCAL

O secretário municipal das Finanças, João Sayad, criticou a reação do mercado financeiro e da imprensa à informação de que a Prefeitura de São Paulo deixou de pagar cerca de R$ 3 bilhões referentes à amortização de 20% da dívida do município com a União.
Sayad, que convocou uma entrevista às pressas, pouco após a abertura da Bovespa, chamou de "requentada" a notícia, divulgada ontem pela imprensa com base em nota oficial da própria Secretaria das Finanças, de que a prefeitura não faria o pagamento.
Ele creditou o aumento do dólar e a queda da Bolsa a "uma época de agitação no mercado financeiro, que vive de agitação". Também criticou a imprensa. "Mas não é só o mercado financeiro que vive assim, a imprensa também."
Sayad destacou que o não-pagamento da amortização -possibilidade prevista no contrato- não trará consequências imediatas para a Prefeitura de São Paulo. "As parcelas mensais continuam a ser de 13% da receita líquida real", informou o secretário, que negou que a prefeitura esteja dando um calote. "Daqui a 30 anos, a dívida terá de ser recalculada."
Atualmente, por conta da dívida, a prefeitura paga cerca de R$ 70 milhões por mês à União.
"Há dois anos, quando se perguntava se São Paulo exerceria essa opção [pagar a amortização], a resposta era a mesma de agora. Não se trata nem de uma escolha, trata-se de uma impossibilidade: um orçamento de R$ 10 bilhões que não permite pagar, em um ano só, R$ 3 bilhões à União."


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