São Paulo, quinta-feira, 07 de novembro de 2002

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TORTURA

Laudo deve indicar que o preso que morreu na PF sofreu 'extrema violência'
O laudo sobre a causa da morte do auxiliar de cozinha Antônio Gonçalves de Abreu concluirá que ele sofreu "extrema violência", segundo o perito legista Nelson Massini.
Abreu, que tinha 35 anos, morreu no dia 8 de setembro no Hospital Souza Aguiar (centro do Rio), vítima de traumatismo craniano provocado por espancamento. Ele foi espancado quando estava preso na Superintendência da PF (Polícia Federal) do Rio, sob acusação de ter matado, com outras duas pessoas, Samuel Dias Cerqueira e Márcio Cerqueira, o agente da PF Gustavo Mayer Moreira.
Massini integra a equipe que fez a necropsia no corpo de Abreu, exumado há um mês no Rio e enviado para Brasília. O laudo, segundo o perito, deve ser entregue hoje ao Ministério Público Federal do Rio.
Abreu foi preso cerca de 24 horas antes de morrer. A PF investiga em inquérito se ele foi torturado por agentes que estavam de plantão na noite em que ficou preso na carceragem. A superintendência, à época, divulgou que ele teria sido espancado por um dos outros dois presos.
O caso virou um relatório entregue à Anistia Internacional pela organização não-governamental Tortura Nunca Mais. (DA SUCURSAL DO RIO)


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