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Líderes serão interrogados em SP
DA REPORTAGEM LOCAL
DO "AGORA"
A polícia irá transferir os presos
Júlio César Guedes de Moraes, o
Julinho Carambola, e Sandro
Henrique da Silva Santos, o Gulu,
do CRP (Centro de Readaptação
Penitenciária) de Presidente Bernardes para São Paulo, onde serão
ouvidos sobre os atentados.
Os dois apresentaram a lista de
reivindicações do PCC, no último
dia 29, e as ameaças da facção, caso não fossem atendidos. A facção
quer o relaxamento das regras do
RDD (regime disciplinar diferenciado), a que estão submetidos
seus principais líderes.
Pelo menos dois presos ligados
à facção, que estariam articulando
os ataques de dentro de penitenciárias com a ajuda de celulares,
foram identificados pela polícia
nos últimos dois dias.
Ontem, em entrevista à Rede
Globo, o secretário da Segurança
Pública do Estado, Saulo de Castro Abreu Filho, disse que as licenças dos policiais foram suspensas e que, na avaliação do governo, as investidas mostram o
desespero dos criminosos. "Eu
vejo como um último suspiro do
guerreiro, como quem está perdendo a guerra", afirmou.
Desde anteontem à noite, a Secretaria da Segurança Pública divulgou a prisão, na capital paulista, de 15 suspeitos. Porém 13 foram detidos com armas e não há
provas ainda da ligação deles com
os atentados recentes.
Desses, a polícia prendeu sete
em uma casa no Jardim Brasil, na
zona norte da capital, após uma
denúncia anônima. No local, encontraram uma metralhadora,
duas pistolas e maconha. Os detidos foram indiciados por porte
ilegal de armas, tráfico de drogas e
formação de quadrilha.
Porém, segundo o delegado
João Lopes da Silva Neto, do 39º
DP (Vila Gustavo), não há prova
que os ligue aos atentados.
Outros seis foram detidos pela
Polícia Militar na tarde de ontem,
no Parque do Carmo (zona leste
da capital). Com eles, os policiais
encontraram um fuzil Rugger importado, com a inscrição "PCC", e
três pistolas e apreenderam um
carro que havia sido roubado minutos antes.
Os últimos dois foram presos
com documentos falsos perto de
um quartel da PM. Eles eram foragidos da Justiça.
Até agora, a polícia apresentou
evidências de envolvimento nos
ataques contra três homens detidos na terça-feira, em São Paulo, e
apresentados anteontem.
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