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Doença oculta eleva risco em até cem vezes
DA REPORTAGEM LOCAL
Muitos atletas que recebem um diagnóstico de problema cardiológico durante
um check-up custam a acreditar no veredicto médico,
especialmente quando são
orientados a mudar de atividade física ou simplesmente
abandonar o esporte.
"É um choque muito grande porque eles não apresentam sintomas e se julgam
perfeitamente saudáveis",
diz a cardiologista Luciana
Janot de Matos, do Incor.
Segundo ela, a existência
de uma doença cardiovascular oculta eleva o risco de um
evento fatal em até cem vezes nos indivíduos que realizam exercício físico vigoroso. Além disso, essa situação
também é responsável por
um aumento de duas a seis
vezes no risco de infarto.
Matos afirma que o treinamento físico intenso a que os
atletas se submetem impõe
uma grande sobrecarga ao
coração, responsável por
uma modificação estrutural
específica do treinamento
(hipertrofia), conhecida como coração de atleta, além
de modificações do ritmo
cardíaco. "É preciso saber
diferenciar essas alterações."
Segundo a médica, os
eventos cardíacos podem
ocorrer com maior freqüência entre os "atletas de fim de
semana". (CC)
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