São Paulo, domingo, 07 de novembro de 2004

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Doença oculta eleva risco em até cem vezes

DA REPORTAGEM LOCAL

Muitos atletas que recebem um diagnóstico de problema cardiológico durante um check-up custam a acreditar no veredicto médico, especialmente quando são orientados a mudar de atividade física ou simplesmente abandonar o esporte.
"É um choque muito grande porque eles não apresentam sintomas e se julgam perfeitamente saudáveis", diz a cardiologista Luciana Janot de Matos, do Incor.
Segundo ela, a existência de uma doença cardiovascular oculta eleva o risco de um evento fatal em até cem vezes nos indivíduos que realizam exercício físico vigoroso. Além disso, essa situação também é responsável por um aumento de duas a seis vezes no risco de infarto.
Matos afirma que o treinamento físico intenso a que os atletas se submetem impõe uma grande sobrecarga ao coração, responsável por uma modificação estrutural específica do treinamento (hipertrofia), conhecida como coração de atleta, além de modificações do ritmo cardíaco. "É preciso saber diferenciar essas alterações."
Segundo a médica, os eventos cardíacos podem ocorrer com maior freqüência entre os "atletas de fim de semana". (CC)

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