DA REPORTAGEM LOCAL

Sete segundos. Esse é o tempo estimado pelo governo do Estado para que três pavilhões da Casa de Detenção, no complexo do Carandiru (zona norte de São Paulo), sejam implodidos, às 11h de amanhã.
As explosões quase simultâneas, em 3.000 pontos diferentes dos três prédios, vão consumir 250 quilos de dinamite. A queda dos três pavilhões dará início a um projeto de transformação do local em uma área de lazer, de educação e de cultura.
Pelos planos da empresa H. Guedes Engenharia Ltda, contratada para a operação, o pavilhão 9 -onde ocorreu o conhecido massacre do Carandiru, no qual morreram 111 presos- será o primeiro a cair, seguido pelo 8 e, depois, pelo 6.
Se a implosão for bem-sucedida, restarão cerca de 80 mil toneladas de entulho, segundo Manoel Dias, engenheiro responsável pela operação. Dias afirma que a implosão rápida vai causar menores danos ao meio ambiente.
A Defesa Civil montou uma operação de isolamento. O trânsito nas vias de acesso será interrompido das 7h às 13h (veja quadro). Os trens do metrô das estações próximas serão parados dez minutos antes da implosão. A Defesa Civil vai retirar 131 moradores da rua Antônio dos Santos Neto, por medida de segurança.


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