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Polícia tem envolvimento com o tráfico do Rio, diz "La Nación"
DA REDAÇÃO
Pelo segundo dia consecutivo, o
jornal argentino "La Nación" publicou uma reportagem sobre a
violência no Rio, desta vez destacando a situação alarmante do
narcotráfico e o envolvimento de
policiais com os traficantes.
O texto é aberto com um suposto diálogo entre Lulu, líder do tráfico de drogas na Rocinha, morto
no início do ano pela polícia. Do
outro lado da linha estaria um policial. No diálogo, que teria sido
relatado por testemunhas ao jornal argentino, o traficante havia
combinado com os agentes policiais que estes subiriam o morro e
"encontrariam" armas e drogas,
que, depois de serem apresentadas para a imprensa, seriam devolvidas aos traficantes.
No entanto, Lulu sentia-se traído porque os policiais exigiam
um pagamento extra para devolver as armas e drogas.
A reportagem ouviu o sociólogo
Luiz Eduardo Soares, ex-secretário da Segurança Pública do Rio e,
mais tarde, do governo de Luiz
Inácio Lula da Silva: "Nos últimos
anos, sempre que há paz no Rio, é
uma paz falsa. Simplesmente quer
dizer que o narcotráfico está funcionando bem, sem conflitos.
Quando algo afeta essa operação
comercial, o caos se instala".
O texto afirma que a crise atual
se deve à feroz guerra de poder
entre os traficantes das favelas da
Rocinha e do Vidigal e que as autoridades admitem que não haverá paz até que o controle da Rocinha seja tomado por completo.
O jornal ressalta que essa situação resulta de décadas de ausência ou negligência do Estado.
No domingo, dia em que foi publicado o primeiro texto, o prefeito do Rio, Cesar Maia (PFL), disse
que a reportagem foi malfeita.
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