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Blitze da PM batem recorde em novembro
Após queda entre julho e outubro, Polícia Militar fiscalizou 2.269 veículos no mês passado, superando os 2.098 de julho
Em agosto, 132 motoristas não passaram no teste do bafômetro, contra 184 em agosto; especialistas defendem fiscalização
DA REPORTAGEM LOCAL
As blitze da Polícia Militar
durante a madrugada na capital
paulista bateram recorde de
veículos fiscalizados em novembro -2.269, mais que os
2.098 de julho. No início do
mês passado, a Folha noticiou
que as blitze vinham diminuindo mês a mês, desde julho.
Mas mesmo com a alta dos
números, a impressão ainda é
de esmorecimento da fiscalização tanto para taxistas -que
dizem ter visto menos barreiras nas ruas-, quanto para especialistas em transportes
-que atribuem à "pouca fiscalização" parte da retração dos
serviços de transporte dos bares- ouvidos pela reportagem.
"Não tenho visto tantas blitze", afirma a taxista Aline Nunes. "[A retração dos serviços
de transporte em bares] é fruto
da pouca fiscalização", afirma o
engenheiro e professor da USP
Jaime Waisman.
Procurada, a assessoria de
imprensa da Polícia Militar
não autorizou, até o fechamento desta edição, entrevista com
o coronel Emílio Panhozza,
que reassumiu o comando do
34º Batalhão da capital (o batalhão de trânsito), no lugar do
major Ricardo Barros, que ocupava o cargo interinamente.
A fiscalização é apontada por
especialistas como fator fundamental para o sucesso da lei seca. "Avançamos na conscientização, mas a educação para o
trânsito é muito deficiente. Por
isso, dependemos muito da fiscalização para que essa lei continue preservando vidas", afirma o presidente da Abramet, o
médico Flávio Adura.
Menos bêbados
Embora tenha fiscalizado
mais veículos, menos condutores foram flagrados dirigindo
embriagados. Em agosto, 184
motoristas foram flagrados bêbados, o que representa 9,4%
daqueles que passaram pelo
teste do bafômetro. No mês
passado, 132 motoristas não
passaram no teste -apenas
5,4% do total.
Caiu também a quantidade
de condutores presos por terem excedido 0,29 mg de ar expelido por litro de álcool no
sangue (ou dois copos de chope) -foram apenas 21 em novembro, ou 27,6% do número
de motoristas (76) conduzidos
a distritos policiais em agosto.
Caso o motorista tenha entre
0,1 mg/l e 0,29 mg/l -um copo
de chope-, é aplicada multa de
R$ 955 e suspensa a carteira de
habilitação por um ano. A partir de 0,3 mg/l, além da multa e
da suspensão da carteira, o motorista vai preso.
(RS)
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