São Paulo, domingo, 07 de dezembro de 2008

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Blitze da PM batem recorde em novembro

Após queda entre julho e outubro, Polícia Militar fiscalizou 2.269 veículos no mês passado, superando os 2.098 de julho

Em agosto, 132 motoristas não passaram no teste do bafômetro, contra 184 em agosto; especialistas defendem fiscalização

DA REPORTAGEM LOCAL

As blitze da Polícia Militar durante a madrugada na capital paulista bateram recorde de veículos fiscalizados em novembro -2.269, mais que os 2.098 de julho. No início do mês passado, a Folha noticiou que as blitze vinham diminuindo mês a mês, desde julho.
Mas mesmo com a alta dos números, a impressão ainda é de esmorecimento da fiscalização tanto para taxistas -que dizem ter visto menos barreiras nas ruas-, quanto para especialistas em transportes -que atribuem à "pouca fiscalização" parte da retração dos serviços de transporte dos bares- ouvidos pela reportagem.
"Não tenho visto tantas blitze", afirma a taxista Aline Nunes. "[A retração dos serviços de transporte em bares] é fruto da pouca fiscalização", afirma o engenheiro e professor da USP Jaime Waisman.
Procurada, a assessoria de imprensa da Polícia Militar não autorizou, até o fechamento desta edição, entrevista com o coronel Emílio Panhozza, que reassumiu o comando do 34º Batalhão da capital (o batalhão de trânsito), no lugar do major Ricardo Barros, que ocupava o cargo interinamente.
A fiscalização é apontada por especialistas como fator fundamental para o sucesso da lei seca. "Avançamos na conscientização, mas a educação para o trânsito é muito deficiente. Por isso, dependemos muito da fiscalização para que essa lei continue preservando vidas", afirma o presidente da Abramet, o médico Flávio Adura.

Menos bêbados
Embora tenha fiscalizado mais veículos, menos condutores foram flagrados dirigindo embriagados. Em agosto, 184 motoristas foram flagrados bêbados, o que representa 9,4% daqueles que passaram pelo teste do bafômetro. No mês passado, 132 motoristas não passaram no teste -apenas 5,4% do total.
Caiu também a quantidade de condutores presos por terem excedido 0,29 mg de ar expelido por litro de álcool no sangue (ou dois copos de chope) -foram apenas 21 em novembro, ou 27,6% do número de motoristas (76) conduzidos a distritos policiais em agosto.
Caso o motorista tenha entre 0,1 mg/l e 0,29 mg/l -um copo de chope-, é aplicada multa de R$ 955 e suspensa a carteira de habilitação por um ano. A partir de 0,3 mg/l, além da multa e da suspensão da carteira, o motorista vai preso. (RS)



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