DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Para tentar diminuir a necessidade das chamadas revistas íntimas de mulheres que visitam os maridos presos, uma equipe do Depen (Departamento Penitenciário Nacional) esteve no Reino Unido para negociar a compra de equipamentos de raio-X de última geração.
Cada um custa cerca de R$ 400 mil e a idéia do governo federal é que os 26 Estados e o Distrito Federal tenham pelo menos um desse equipamento a partir do ano que vem. O negócio ainda não foi fechado.
A revista íntima, regulamentada pelas legislações estaduais, é alvo de constantes polêmicas. Há denúncias de abusos e da participação de policiais e de carcereiros nas revistas, em vez de agentes de saúde preparados para isso.
De um lado, a mulher visitante passa pelo constrangimento de ser obrigada a se despir e a ser tocada intimamente antes de entrar no presídio. Por outro, nessas revistas, tem sido cada vez mais comum elas serem flagradas com drogas e telefones celulares.
O equipamento britânico, segundo o Depen, tornaria desnecessário esse tipo de revista, pois possui tecnologia suficiente para flagrar a presença de drogas ou de celulares escondidos no órgão genital.
"Ao saberem que existe um equipamento como esse, que não deixa passar nada, as mulheres não vão nem se arriscar", afirma o diretor-geral do Depen, Airton Michels. (ES)


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