São Paulo, domingo, 7 de dezembro de 1997.



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VERÃO
Regras editadas pela Vigilância Sanitária de São Paulo incluem tipo de piso necessário para revestir o tanque
Piscina de prédio precisa de exame médico

FABÍOLA SALANI
da Redação


Você é do tipo que só entra na piscina se ela estiver cheirando a cloro de longe? E acha que exame médico é coisa de clube, que no prédio não precisa?
Então você está arriscado a passar um verão frequentando piscinas ruins e sem cumprir preceitos básicos e obrigatórios previstos pela Vigilância Sanitária.
Um decreto de 1979, do então governador Paulo Egydio Martins, regulamenta desde as quantidades de água e cloro necessárias para uma piscina até o tipo de vegetação permitido em volta do tanque.
Entre as normas, está exatamente a que obriga que os frequentadores de piscina, inclusive em condomínios, façam um exame médico a cada seis meses pelo menos para poder usar o tanque.
As normas proíbem ainda que o usuário de piscina tenha qualquer doença que possa ser transmitida pela água, ferimentos abertos ou curativos. A famosa frieira -rachadura na pele que aparece principalmente entre os dedos dos pés- é, por esse motivo, fator proibitivo do uso da piscina.
Outra norma exige que toda a borda da piscina esteja revestida com material antiderrapante.
O diretor da Vigilância Sanitária da DIR 1 (Direção Regional de Saúde), Waldemar José Sá de Azevedo, 42, diz que as pessoas têm impressões erradas sobre o que é certo numa piscina.
"Quando o cheiro de cloro é muito forte, a piscina não está com a quantidade certa do produto. Na verdade, ela está com menos cloro do que o necessário", afirma.
Outra característica apontada por Azevedo como errada é o fato de os cabelos saírem duros de um banho de piscina. "A piscina tratada corretamente não deixa os cabelos assim", declarou.
Em piscinas de uso público restrito -assim são classificados os tanques de clubes, condomínios, entidades, escolas, associações, hotéis etc.-, a exigência de qualificação do tratador fica a cargo da Vigilância Sanitária.
Sem querer revelar quais, Azevedo diz que há piscinas públicas na cidade que não seguem as normas recomendadas pela vigilância.
"Não adianta nós fazermos blitze pelas piscinas, por isso não quero ficar fazendo denuncismo. As pessoas precisam aprender a conhecer uma piscina com boa qualidade e exigir que ela seja mantida de maneira adequada", diz.



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