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VERÃO
Regras editadas pela Vigilância Sanitária de São Paulo incluem tipo de piso necessário para revestir o tanque
Piscina de prédio precisa de exame médico
FABÍOLA SALANI
da Redação
Você é do tipo
que só entra na
piscina se ela estiver cheirando
a cloro de longe?
E acha que exame médico é
coisa de clube,
que no prédio não precisa?
Então você está arriscado a passar um verão frequentando piscinas ruins e sem cumprir preceitos
básicos e obrigatórios previstos
pela Vigilância Sanitária.
Um decreto de 1979, do então
governador Paulo Egydio Martins,
regulamenta desde as quantidades
de água e cloro necessárias para
uma piscina até o tipo de vegetação
permitido em volta do tanque.
Entre as normas, está exatamente a que obriga que os frequentadores de piscina, inclusive em condomínios, façam um exame médico a cada seis meses pelo menos
para poder usar o tanque.
As normas proíbem ainda que o
usuário de piscina tenha qualquer
doença que possa ser transmitida
pela água, ferimentos abertos ou
curativos. A famosa frieira -rachadura na pele que aparece principalmente entre os dedos dos
pés- é, por esse motivo, fator
proibitivo do uso da piscina.
Outra norma exige que toda a
borda da piscina esteja revestida
com material antiderrapante.
O diretor da Vigilância Sanitária
da DIR 1 (Direção Regional de
Saúde), Waldemar José Sá de Azevedo, 42, diz que as pessoas têm
impressões erradas sobre o que é
certo numa piscina.
"Quando o cheiro de cloro é
muito forte, a piscina não está com
a quantidade certa do produto. Na
verdade, ela está com menos cloro
do que o necessário", afirma.
Outra característica apontada
por Azevedo como errada é o fato
de os cabelos saírem duros de um
banho de piscina. "A piscina tratada corretamente não deixa os cabelos assim", declarou.
Em piscinas de uso público restrito -assim são classificados os
tanques de clubes, condomínios,
entidades, escolas, associações,
hotéis etc.-, a exigência de qualificação do tratador fica a cargo da
Vigilância Sanitária.
Sem querer revelar quais, Azevedo diz que há piscinas públicas na
cidade que não seguem as normas
recomendadas pela vigilância.
"Não adianta nós fazermos blitze pelas piscinas, por isso não quero ficar fazendo denuncismo. As
pessoas precisam aprender a conhecer uma piscina com boa qualidade e exigir que ela seja mantida
de maneira adequada", diz.
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