FÁBIO GUIBU
DA AGÊNCIA FOLHA, EM RECIFE

Dois homens mataram, em Gravatá (a 80 km de Recife, PE), o percussionista e professor de maracatu José Edson da Silva, 22, e feriram gravemente a estudante sueca Lina Börjsson, 21, com tiros de revólver. Ela foi a terceira estrangeira baleada no Estado nas últimas duas semanas.
O crime aconteceu anteontem, na região central da cidade. Silva e Börjsson estavam juntos, próximo à casa do percussionista, quando foram abordados pelos dois homens.
O rapaz levou quatro tiros na cabeça e morreu na hora. A estudante, que fazia um intercâmbio cultural no Estado, foi baleada no tórax e no abdômen.
Socorrida, ela foi submetida a uma cirurgia no diafragma e teve o baço retirado. Transferida para o hospital da Restauração, em Recife, ela apresenta dificuldades para movimentar a perna esquerda, supostamente devido a uma lesão na coluna.
A Polícia Civil prendeu dois suspeitos, mas ainda não informou o motivo do crime. Há possibilidade de assalto ou vingança. Uma filmadora que pertencia à estudante teria desaparecido.
A garota sueca estava em Pernambuco havia cinco meses. Ela acompanhava as atividades de duas ONGs (organizações não-governamentais) e retornaria à Suécia no dia 15 de março. O corpo do percussionista foi enterrado ontem.

Outro casos
As outras duas estrangeiras baleadas no Estado são as israelenses Moran Bonfleck, 21, e Noga Eshed, 20. Elas foram atingidas por balas perdidas na terça-feira de Carnaval, em Olinda.
No tiroteio, o ambulante Romero Tenório da Silva, 22, morreu. Eshed foi ferida no braço, sem gravidade. Bonfleck foi atingida no coração. A bala perfurou ainda seu pulmão e o baço.
Socorrida sem sinais aparentes de vida, a garota foi submetida a uma cirurgia de emergência e reanimada. Sua recuperação foi considerada surpreendente pelos médicos. Ela pode receber alta médica ainda nesta semana.



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