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outro lado
Sabesp e Solvay negam dano ao reservatório
DA REPORTAGEM LOCAL
Tanto a Sabesp como a
Solvay negam dano ambiental pelo lançamento do esgoto no braço da Billings.
Elas dizem que esse resíduo industrial é tratado na
fábrica antes de ser jogado
no reservatório -e que esse
procedimento não foi interrompido mesmo depois de os
efluentes serem encaminhados ao coletor avariado.
A assessoria de imprensa
da Sabesp afirma que esse
tratamento segue legislação
estadual e que a presença
desse esgoto "nunca representou nenhuma influência
ou alteração na qualidade da
água da represa Billings".
A Solvay ressalta que a
obra avariada é responsabilidade da Sabesp. Afirma que
fez sua parte no financiamento de um ramal da construção e que seus resíduos
são lançados no coletor da
companhia -que, por sua
vez, os deixa na represa.
Em relação à culpa pelo
problema na obra contratada, a Sabesp afirma que "formou uma comissão de avaliação" que está "analisando
as causas da ocorrência".
A Sabesp disse que, ao ser
"identificada uma passagem
inadequada de esgotos entre
as câmaras úmida e seca da
estação", desligou os aparelhos para uma avaliação.
Afirmou que, "ao contrário
do inicialmente previsto, a
solução do problema exigiu a
realização de obras e intervenções emergenciais".
Segundo a companhia, os
serviços para eliminar a extravasão do esgoto já foram
iniciados e devem ser concluídos no começo da segunda quinzena de março.
Questionada sobre a demora de quase um mês para
avisar a Cetesb, a Sabesp disse que comunicou a agência
fiscalizadora "a partir do momento que se tinha um diagnóstico completo do problema, incluindo a comunicação do que seria feito para solucionar a questão".
O consórcio OAS/Saenge
foi procurado, mas não se
manifestou. Um representante da Saenge que acompanha a obra afirmou ter recebido orientação da Sabesp
para não se pronunciar.
A companhia de abastecimento (que não permitiu
acesso da Folha para fotografar a região do problema)
não respondeu a alguns
questionamentos. Por exemplo, à pergunta sobre quem
irá pagar pelas despesas do
conserto na obra.
(AI)
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