da Reportagem Local

Na hora de fazer qualquer seguro, o consumidor deve tomar alguns cuidados. Segundo Marcelo Tonce, do Procon, o mais importante é ler o contrato com calma para saber que tipo de acidente será coberto.
"Os seguros são cheios de particularidades, principalmente os residenciais", diz.
No caso específico das enchentes, ele diz que, se isso preocupar o cliente, ele deve ver se os danos causados pela chuva estão inclusos no contrato. "Senão, ele pode procurar outro plano ou tentar inserir essa condição naquele que escolheu", diz.
No caso dos seguros de veículos, ele aconselha os consumidores também a checar o que será devolvido no caso de perda total. "O importante é saber se ele receberá o valor que foi segurado ou o valor que o carro tinha na época do acidente." Segundo ele, o maior número de reclamações que o Procon recebe em relação a seguros estão ligadas a esse reembolso.
Alguns consumidores assumem que não sabem tudo o que será coberto pelo seguro e só descobrem isso na hora em que precisam do reembolso.
É esse o caso de Sueli de Carvalho. Ela teve seu carro destruído no alagamento do túnel do Anhangabaú, na segunda-feira passada, e só descobriu que tinha seguro contra enchente depois do acidente.
"O seguro vai me dar o dinheiro, já que o meu carro teve perda total. Mas, logo depois do acidente, assumo que não sabia se isso aconteceria. Não sou muito de prestar atenção nessas coisas. Por sorte, deu tudo certo", diz.
Ela e o marido têm seguro há dez anos. "Mas a gente nunca pensa que uma coisa como essa, de ter o carro destruído por uma chuva, vá acontecer com a gente", diz.


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