São Paulo, segunda-feira, 08 de abril de 2002

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PANORÂMICA

CASO FLORESTAN

Médico diz foi vítima de uma disputa entre grupos rivais da USP
O médico Silvano Raia, 72, que receberá do Conselho Regional de Medicina de São Paulo uma advertência confidencial, em aviso reservado, pela morte do sociólogo Florestan Fernandes, afirmou ontem que o caso foi alimentado por uma disputa entre grupos rivais da USP e que ainda não definiu se vai recorrer da decisão.
O CRM decidiu aplicar a advertência anteontem. O sociólogo morreu em 1995, devido a uma embolia gasosa (presença indevida de ar) causada por uma falha na hemodiálise.
Raia afirmou que "o caso está superado". "Foi uma fatalidade", disse. Segundo ele, a disputa entre grupos rivais da Unidade de Fígado da USP influenciou a família do sociólogo a denunciar o caso.
Raia salientou que a advertência confidencial é a mais branda das penas. O CRM decidiu aplicá-la pela infração de dois artigos do Código de Ética Médica: artigo 4º -ao médico cabe zelar e trabalhar pelo perfeito desempenho ético da medicina e pelo prestígio e bom conceito da profissão- e artigo 34 -atribuir seus insucessos a terceiros e a circunstâncias ocasionais exceto nos casos em que isso possa ser devidamente comprovado.
Florestan Fernandes Júnior, filho do sociólogo, disse que não recorrerá da decisão, apesar não concordar com ela. "Gostaria de ver isso esclarecido, mas parece que o caso será encerrado."



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