![]() |
São Paulo, terça-feira, 08 de abril de 2003
![]() |
![]() |
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
ADMINISTRAÇÃO Prefeita, que foi vaiada em evento com Lula, atribuiu a "medidas difíceis" resultado desfavorável em pesquisa Para Marta, não é hora de julgar sua gestão
DA REPORTAGEM LOCAL A prefeita Marta Suplicy (PT) atribuiu a "medidas difíceis" de sua administração o resultado da pesquisa Datafolha em que 45% dos paulistanos classificam sua gestão como ruim ou péssima, o pior índice em dois anos e três meses de mandato. "Fui eleita para tomar uma série de medidas que são, às vezes, difíceis e para reconstruir esta cidade. Há momentos em que é difícil mesmo, mas estou fazendo o que tem de ser feito." A declaração foi dada durante mais uma greve de ônibus na cidade e na celebração do Dia Mundial da Saúde, em que estavam presentes o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o governador Geraldo Alckmin. Marta foi vaiada por parte dos presentes ao Instituto Butantan, em São Paulo, ao ser chamada ao palco. Os convidados -cerca de 150 pessoas- eram funcionários estaduais e municipais da área de saúde, parlamentares, prefeitos e integrantes de ONGs. Ao discursar, ela apontou uma "herança sucateada" como uma das dificuldades de sua gestão. Foi aplaudida quando encerrou seu pronunciamento e saudada por um "linda" ao deixar o Butantan. A prefeita disse acreditar que não é ainda o momento de julgar sua administração. Entre os entrevistados pelo Datafolha no dia 31 de março, 20% afirmaram que o governo Marta é ótimo ou bom e 34% o definiram como regular. "Agora estou realmente tendo que tomar medidas difíceis, mas espero que a população reconheça depois." A admissão da impopularidade por parte de Marta se choca com afirmação do secretário de Comunicação, José Américo Dias, que havia dito que uma pesquisa interna da administração mostrava o aumento no índice de aprovação da prefeita. Entre as "medidas difíceis" a que se refere a prefeita estão a criação da taxa do lixo e da contribuição para iluminação pública, a elevação da tarifa dos ônibus, o aumento do ISS (Imposto Sobre Serviços) pago por autônomos e as mudanças no IPTU. O resultado da pesquisa faz com que até os petistas comecem a questionar se Marta deve concorrer à reeleição em 2004. O presidente nacional do PT, José Genoino, saiu em sua defesa e acenou com a possibilidade de uma negociação que evite a realização de uma prévia em São Paulo para a escolha do candidato do partido à prefeitura. "No PT, não existe candidatura natural, mas em algumas cidades o partido tem trauma de prévias, como em Porto Alegre e em Campinas. Assim, conversando, podemos conseguir que não haja prévias em algumas cidades", disse. Texto Anterior: Advogado levou 600 clientes Próximo Texto: Trânsito: Motorista pode evitar a rua da Consolação Índice |
![]() |