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SEGURANÇA
União faz 5 exigências
Para Estados, verba de fundo é insuficiente
LÉO GERCHMANN
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE
Secretários estaduais da Segurança Pública manifestaram ontem descontentamento com o valor de R$ 404 milhões estabelecido pelo governo federal para distribuir no Fundo Nacional de Segurança Pública até o final do ano.
O valor foi anunciado ontem,
em Porto Alegre, pelo secretário
nacional de Segurança Pública,
Luiz Eduardo Soares.
O secretário do Rio, Josias
Quintal, afirmou que os R$ 404
milhões bastariam apenas para
seu Estado. Depois, contemporizou, dizendo que os próximos orçamentos devem ser diferentes.
Saulo de Castro Abreu Filho, de
São Paulo, disse que, sem o recebimento de recursos, o governo
ficará no "blablablá".
De acordo com Abreu Filho,
projetos criados por administrações anteriores que foram reeleitas -é o caso paulista, do governador Geraldo Alckmin- devem
ser levados em conta. São Paulo
tem R$ 140 milhões para receber
por projetos que já foram aprovados. O governo paulista quer recursos também de outras fontes
para a área da segurança.
No caso do Rio, segundo Quintal, os R$ 404 milhões seriam suficientes apenas para seus problemas -o rateio, portanto, torna-se insuficiente. "Acredito que
mais adiante, em outros orçamentos, isso vá melhorar", minimizou Quintal, que diz estar implementando já algumas das medidas apresentadas como prioritárias pelo governo federal.
O mesmo afirmou o secretário
do Espírito Santo, Rodney Rocha
Miranda. "Já estamos trabalhando no sentido indicado pela
União", afirmou. O secretário da
Justiça e da Segurança do Rio
Grande do Sul, José Otávio Germano, procurou minimizar a
questão financeira. "É importante
a intenção de fazer."
Propostas
Apesar de os secretários julgarem o valor do fundo insuficiente,
o governo federal estabeleceu a
aceitação de cinco propostas por
parte dos Estados para que entrem no rateio do fundo.
Os requisitos são a valorização e
formação profissional, a gestão
do conhecimento (a tipificação legal de um determinado ato, por
exemplo, deve ser definida com
clareza), a reorganização institucional (as polícias devem agir sistematicamente com inteligência e
se auto-avaliarem), intensificação
das perícias e o estabelecimento
de um controle externo.
Não ficou claro se a adesão a essas determinações federais implicam automaticamente no recebimento ou não das verbas do fundo. Também não foi esclarecido
como haverá a distribuição de
verbas entre os Estados.
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