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SEQÜESTRO
Vítimas eram filha e neta de empresário, que contratou detetive e pagou resgate de R$ 500 mil aos criminosos
Mãe e filha são libertadas após 65 dias
DO "AGORA"
A filha e a neta de três anos do
dono de uma importante concessionária de veículos de São Paulo
foram libertadas ontem, após negociação comandada pelo próprio empresário, depois de 65 dias
de cativeiro. O empresário pagou
R$ 500 mil de resgate.
O seqüestro ocorreu em 3 de fevereiro, por volta das 18h. R.M.R.,
24, e a filha G.R.M., 3, estavam em
um Xsara Picasso na rua Esmeralda Mendes Policine, a mesma do
56º DP (Vila Formosa), na zona
leste, quando o veículo foi fechado bruscamente por uma BMW e
um Fiorino, cada um ocupado
por dois homens.
Sem ter chance de fugir, R. foi
surpreendida por dois homens,
que entraram em seu veículo.
Três quarteirões depois, R. e a filha foram levadas para a Fiorino.
O interesse do grupo era extorquir US$ 1 milhão do empresário
M.R., pai e avô das vítimas.
Nos 65 dias em que foram mantidas no cativeiro, mãe e filha foram filmadas e fotografadas pelos
bandidos. Para evitar que fossem
rastreados pela polícia, eles fizeram contatos telefônicos de cidades e Estados diferentes.
Desesperado, o empresário chegou a colocar um anúncio em um
jornal de São Paulo na tentativa
de negociar o valor exigido para
libertar sua filha e sua neta.
De maneira cifrada, M. disse
que não podia pagar o US$ 1 milhão pedidos pela quadrilha e que
os bandidos deveriam procurá-lo
no telefone de sua casa.
O empresário também contratou um detetive particular e passou dias levantando pistas sobre a
ação dos criminosos que mantinham as duas presas. Chegou-se a
cogitar que o seqüestro era liderado por um preso que tinha um celular dentro da Penitenciária de
Iaras (282 km de SP).
Depois de muito negociar, M.
conseguiu baixar o resgate para
R$ 500 mil e, às 10h de ontem, em
um local não informado, depois
de duas tentativas frustradas de
pagamento, as duas foram soltas.
A polícia informa que acompanhou o caso, mas não foi informada de que a família estava negociando com os seqüestradores.
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