São Paulo, quinta-feira, 08 de abril de 2004

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

SEQÜESTRO

Vítimas eram filha e neta de empresário, que contratou detetive e pagou resgate de R$ 500 mil aos criminosos

Mãe e filha são libertadas após 65 dias

DO "AGORA"

A filha e a neta de três anos do dono de uma importante concessionária de veículos de São Paulo foram libertadas ontem, após negociação comandada pelo próprio empresário, depois de 65 dias de cativeiro. O empresário pagou R$ 500 mil de resgate.
O seqüestro ocorreu em 3 de fevereiro, por volta das 18h. R.M.R., 24, e a filha G.R.M., 3, estavam em um Xsara Picasso na rua Esmeralda Mendes Policine, a mesma do 56º DP (Vila Formosa), na zona leste, quando o veículo foi fechado bruscamente por uma BMW e um Fiorino, cada um ocupado por dois homens.
Sem ter chance de fugir, R. foi surpreendida por dois homens, que entraram em seu veículo. Três quarteirões depois, R. e a filha foram levadas para a Fiorino.
O interesse do grupo era extorquir US$ 1 milhão do empresário M.R., pai e avô das vítimas.
Nos 65 dias em que foram mantidas no cativeiro, mãe e filha foram filmadas e fotografadas pelos bandidos. Para evitar que fossem rastreados pela polícia, eles fizeram contatos telefônicos de cidades e Estados diferentes.
Desesperado, o empresário chegou a colocar um anúncio em um jornal de São Paulo na tentativa de negociar o valor exigido para libertar sua filha e sua neta.
De maneira cifrada, M. disse que não podia pagar o US$ 1 milhão pedidos pela quadrilha e que os bandidos deveriam procurá-lo no telefone de sua casa.
O empresário também contratou um detetive particular e passou dias levantando pistas sobre a ação dos criminosos que mantinham as duas presas. Chegou-se a cogitar que o seqüestro era liderado por um preso que tinha um celular dentro da Penitenciária de Iaras (282 km de SP).
Depois de muito negociar, M. conseguiu baixar o resgate para R$ 500 mil e, às 10h de ontem, em um local não informado, depois de duas tentativas frustradas de pagamento, as duas foram soltas. A polícia informa que acompanhou o caso, mas não foi informada de que a família estava negociando com os seqüestradores.


Texto Anterior: Mortes
Próximo Texto: Grupo rouba prédio na zona sul
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.