São Paulo, terça-feira, 08 de abril de 2008

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entrevista

Alexandre foi prejulgado, afirma irmã

DA REPORTAGEM LOCAL

Cristiane Nardoni, 20, irmã de Alexandre Nardoni, diz que o irmão não quer mais voltar a morar no edifício London. Ela afirma que espera vender rápido seu apartamento, vizinho ao do irmão. (KT)

 


FOLHA - Como você trata a morte de sua sobrinha e a prisão do seu irmão?
CRISTIANE NARDONI -
São duas dores. Perdemos a Isabella e ainda tem isso que está acontecendo com o Alexandre. Está sofrendo tudo isso e é inocente.

FOLHA - E sua família?
CRISTIANE -
Qualquer família unida deve imaginar o que estamos passando. Minha mãe está muito abalada com o que aconteceu com a Isabella. Ela era tudo para nós. É uma perda que não dá para explicar. E o que está acontecendo com o Alexandre é muito triste, porque a gente tem certeza da inocência dele e vemos muita gente prejulgando.

FOLHA - E a mulher dele?
CRISTIANE -
Anna Carolina está sofrendo também. Cremos na inocência deles. Ela jamais faria isso.

FOLHA - Ele é agressivo?
CRISTIANE -
Não. O que é agressivo para as pessoas? Para mim, uma pessoa agressiva é uma pessoa que age com violência. Sem motivo. O Alexandre, qualquer um, quando provocado reage. Não reage batendo nas pessoas... Não existe alguém que não discutiu em toda a vida.

FOLHA - Vocês têm explicação para o que ocorreu no dia?
CRISTIANE -
Não é possível dar agora explicação para o que aconteceu. Essa explicação só será dada após todas as investigações, quando pegarem o verdadeiro culpado.

FOLHA - Você tem vontade de voltar a seu apartamento?
CRISTIANE -
Não.

FOLHA - E o seu irmão?
CRISTIANE -
O Alexandre, desde o dia em que aconteceu, ele não quer nem entrar no apartamento.

FOLHA - O que ele comentou com você no dia?
CRISTIANE -
Ele estava muito desesperado. Foi tão chocante que a gente não sabia fazer outra coisa que não fosse rezar para procurar essa pessoa. O Alexandre chorava. Peço que as pessoas tenham paciência e não prejulguem.

FOLHA - Vocês tiveram contato com a mãe de Isabella?
CRISTIANE -
Eu a vi no dia da missa. Dei um abraço nela. A dor é a mesma. Perdemos a mesma pessoa.


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