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Polícia investiga
plano para resgatar
Marcinho VP
MARIO HUGO MONKEN
DA SUCURSAL DO RIO
A facção criminosa CV (Comando Vermelho) estaria tentando levantar R$ 1 milhão para
montar uma grande operação de
resgate do traficante Márcio dos
Santos Nepomuceno, o Marcinho
VP, que está preso na penitenciária Bangu 1 (zona oeste do Rio).
Mesmo na cadeia, Nepomuceno é o principal chefe do grupo.
Ele controla os pontos-de-venda
de drogas no complexo de favelas
do Alemão (zona norte).
O suposto plano do CV foi descoberto por policiais da Draco
(Delegacia de Repressão às Ações
Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais da Polícia Civil),
que ainda não conseguiram identificar quando e como seria a ação
dos criminosos.
A Secretaria Estadual de Administração Penitenciária informou
ter conhecimento do suposto plano de resgate de Marcinho VP.
O subsecretário Aldney Peixoto
disse que, no último domingo, a
segurança do complexo penitenciário de Bangu foi reforçada porque a polícia recebera a informação de que traficantes vinculados
ao CV invadiriam Bangu 1 por um
matagal. A ação acabou não acontecendo.
Assalto a carro-forte
As investigações da Draco indicam que o CV já começou a colocar parte do plano em prática. Segundo eles, há 40 dias a facção foi
responsável pelo assalto à garagem da empresa de ônibus São
Silvestre (centro), no qual arrecadou R$ 400 mil.
Nesta semana, segundo a Draco, traficantes do CV tentaram assaltar um carro-forte na rodovia
Rio-Santos, em Mangaratiba (a 70
km do Rio).
Na ação, um grupo de 15 homens fortemente armados, inclusive com fuzis, utilizou duas carretas e três Blazers roubadas, que
foram jogadas contra o carro-forte, provocando o capotamento do
veículo. Houve tiroteio e dois vigilantes ficaram feridos. No entanto
os criminosos fugiram sem conseguir levar nada.
O suposto plano do CV de juntar dinheiro para organizar o resgate de seu principal chefe inclui
também assaltos a bancos e caixas
eletrônicos.
De acordo com as investigações,
a ação estaria sendo articulada pelo traficante Leonardo Marques
da Silva, o Sapinho, chefe do tráfico no morro da Providência (Santo Cristo, zona central).
A favela da Metral, em Vila Kennedy (zona oeste), estava servindo de base para o esquema. Até a
semana passada, os traficantes estavam escondidos em um matagal próximo que dá acesso ao
complexo penitenciário de Bangu
e chegaram a mexer em uma tela
de proteção aos presídios que foi
instalada na mata.
Essa base, no entanto, foi desfeita depois de um tiroteio ocorrido
no local, que culminou na morte
do traficante Bruno Lemos de
Carvalho, o Bruninho G-3, e de
outros quatro cúmplices, que estavam instalados na mata. Bruninho G-3 era um dos chefes do suposto plano.
A polícia já tem informações de
que o traficante conhecido como
Pezão, que atua no complexo do
Alemão, foi deslocado para a Metral para dar continuidade ao plano de resgate.
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