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PLANTÃO MÉDICO
Robô pode ajudar a fazer cirurgias
JULIO ABRAMCZYK
COLUNISTA DA FOLHA
A cirurgia laparoscópica, feita
através da introdução de um aparelho (laparoscópio) na cavidade
abdominal, representou um
grande avanço na cirurgia do século 20.
Após a retirada da vesícula biliar por esta técnica, há 18 anos, na
França, esta intervenção passou a
ser uma rotina na área médica.
Mas os médicos avançaram um
pouco mais. Passaram a usar robôs nas operações, que foi um dos
principais temas do 90º Congresso Anual do Colégio Americano
de Cirurgiões.
Apesar de não estar em escala
industrial, o robô lentamente vai
ocupando o seu espaço nas cirurgias. Ele é um instrumento mecânico automático, criado para
substituir uma determinada atividade humana, sem ter de ser manipulado diretamente por uma
pessoa.
O robô tem três componentes:
um computador, um sistema óptico com duas câmeras que permitem uma visão tridimensional
do campo operatório e os cabos
que substituem as mãos e os pulsos e são manipulados por meio
do computador pelo cirurgião.
Na cirurgia da próstata, por
exemplo, torna possível uma dissecção mais acurada e evita lesões
no ramo neuro-vascular do órgão, preservando a função sexual
do paciente, como referiu o médico Joseph A. Smith Jr.
A cirurgia cardíaca robótica-assistida também foi abordada na
reunião. W. Randolph Chitwood
Jr., da East Carolina University,
EUA, usa os robôs comumente
para correções da valva mitral ou
sua substituição e na realização
das cirurgias de pontes de safena,
entre outros procedimentos.
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