São Paulo, domingo, 08 de maio de 2005

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PLANTÃO MÉDICO

Robô pode ajudar a fazer cirurgias

JULIO ABRAMCZYK
COLUNISTA DA FOLHA

A cirurgia laparoscópica, feita através da introdução de um aparelho (laparoscópio) na cavidade abdominal, representou um grande avanço na cirurgia do século 20.
Após a retirada da vesícula biliar por esta técnica, há 18 anos, na França, esta intervenção passou a ser uma rotina na área médica.
Mas os médicos avançaram um pouco mais. Passaram a usar robôs nas operações, que foi um dos principais temas do 90º Congresso Anual do Colégio Americano de Cirurgiões.
Apesar de não estar em escala industrial, o robô lentamente vai ocupando o seu espaço nas cirurgias. Ele é um instrumento mecânico automático, criado para substituir uma determinada atividade humana, sem ter de ser manipulado diretamente por uma pessoa.
O robô tem três componentes: um computador, um sistema óptico com duas câmeras que permitem uma visão tridimensional do campo operatório e os cabos que substituem as mãos e os pulsos e são manipulados por meio do computador pelo cirurgião.
Na cirurgia da próstata, por exemplo, torna possível uma dissecção mais acurada e evita lesões no ramo neuro-vascular do órgão, preservando a função sexual do paciente, como referiu o médico Joseph A. Smith Jr.
A cirurgia cardíaca robótica-assistida também foi abordada na reunião. W. Randolph Chitwood Jr., da East Carolina University, EUA, usa os robôs comumente para correções da valva mitral ou sua substituição e na realização das cirurgias de pontes de safena, entre outros procedimentos.

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