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VIOLÊNCIA
Segundo a PM, professora estava acorrentada
Mulher seqüestrada é achada em cativeiro depois de cinco dias
DO "AGORA"
Uma professora de 43 anos foi
libertada ontem, após ser mantida refém por cinco dias em cativeiro em um barraco no Jardim
Oriental, em Parelheiros, na zona
sul de São Paulo.
Segundo a Polícia Militar, quando o barraco foi invadido, por volta das 10h30, a professora estava
acorrentada pelos pés e pelas
mãos e aparentava estar em estado de choque. Ninguém foi preso
durante a descoberta do cativeiro.
O seqüestro ocorreu na última
terça-feira, por volta das 7h,
quando a professora, sua mãe e o
marido saíam de casa. Eles chegaram a notar que um veículo deixou dois homens na esquina. Ao
passar pelo local, as vítimas foram
abordadas. Sob a mira de duas armas de fogo, o marido e a mãe da
professora foram retirados do
veículo, e os criminosos fugiram
no carro com a vítima.
No mesmo dia, os seqüestradores entraram em contato com o
marido da professora -um pequeno comerciante da região de
Parelheiros- e pediram um resgate de R$ 500 mil. Nos dias seguintes, a negociação com os criminosos foi feita diretamente pela
família, com acompanhamento à
distância da DAS (Divisão Anti-Seqüestro), da Polícia Civil.
A Polícia Militar chegou ao cativeiro, na rua Ventos e Ramagens,
em uma região com pequenas
propriedades rurais e casas simples, após uma denúncia anônima. O barraco de um quarto e banheiro fica no alto de um barranco com muita vegetação e, do lado
de fora, adesivos formavam a palavra "justiça".
No interior do barraco, em
meio a muita sujeira, havia uma
cama de casal com colchões rasgados, pães, bolachas, presunto e
mortadela, um forno de microondas e fitas cassete.
Só no primeiro trimestre deste
ano, foram registrados 28 seqüestros no Estado de São Paulo.
A vítima foi encaminhada ao
Hospital Parelheiros. Ela não
apresentou ferimentos e foi para
casa após ser examinada.
Na tarde de ontem, um trabalhador rural que se apresentou
como dono do barraco prestou
depoimento e foi liberado. Segundo a polícia, ele não tem ligação
com o caso.
(FLÁVIO FERREIRA)
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