São Paulo, segunda-feira, 08 de maio de 2006

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VIOLÊNCIA

Segundo a PM, professora estava acorrentada

Mulher seqüestrada é achada em cativeiro depois de cinco dias

DO "AGORA"

Uma professora de 43 anos foi libertada ontem, após ser mantida refém por cinco dias em cativeiro em um barraco no Jardim Oriental, em Parelheiros, na zona sul de São Paulo.
Segundo a Polícia Militar, quando o barraco foi invadido, por volta das 10h30, a professora estava acorrentada pelos pés e pelas mãos e aparentava estar em estado de choque. Ninguém foi preso durante a descoberta do cativeiro.
O seqüestro ocorreu na última terça-feira, por volta das 7h, quando a professora, sua mãe e o marido saíam de casa. Eles chegaram a notar que um veículo deixou dois homens na esquina. Ao passar pelo local, as vítimas foram abordadas. Sob a mira de duas armas de fogo, o marido e a mãe da professora foram retirados do veículo, e os criminosos fugiram no carro com a vítima.
No mesmo dia, os seqüestradores entraram em contato com o marido da professora -um pequeno comerciante da região de Parelheiros- e pediram um resgate de R$ 500 mil. Nos dias seguintes, a negociação com os criminosos foi feita diretamente pela família, com acompanhamento à distância da DAS (Divisão Anti-Seqüestro), da Polícia Civil.
A Polícia Militar chegou ao cativeiro, na rua Ventos e Ramagens, em uma região com pequenas propriedades rurais e casas simples, após uma denúncia anônima. O barraco de um quarto e banheiro fica no alto de um barranco com muita vegetação e, do lado de fora, adesivos formavam a palavra "justiça".
No interior do barraco, em meio a muita sujeira, havia uma cama de casal com colchões rasgados, pães, bolachas, presunto e mortadela, um forno de microondas e fitas cassete.
Só no primeiro trimestre deste ano, foram registrados 28 seqüestros no Estado de São Paulo.
A vítima foi encaminhada ao Hospital Parelheiros. Ela não apresentou ferimentos e foi para casa após ser examinada.
Na tarde de ontem, um trabalhador rural que se apresentou como dono do barraco prestou depoimento e foi liberado. Segundo a polícia, ele não tem ligação com o caso. (FLÁVIO FERREIRA)


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